Suave é a Noite
Para um coração partido
Quem vai secar seus olhos
Quando tudo desmoronar?
O que faz este mundo frágil girar?
(Space Song, Beach House)
➳
CORINE SIGRID
Saber que irei voltar para os Maruis após tanta tensão, é um refrigerio como puxar o ar dos pulmões e sentir o frescor gélido descer sobre sua caixa torácica.
Extasiado. Aliviado.
Sem tanta ruína, como ficou a floresta envolta dos trilhos do trem. Ou ao menos, o que restou deles.
Mas após tanta explosão. É necessário uma calmaria, embora, o que tenha restado, são apenas os pedaços de mim mesma.
Eu estou caindo aos pedaços.
O caos da guerra. O caos com Neteyam. Onde eu pertenço realmente. O meu cerco estava fechando.
Vai ver o tempo de Corine Sigriid, estava acabando.
Após tantas aulas por essa floresta, aprender a chamá-la de na'ring, ter conhecido mais a respeito dos omatikayas, expenciado tudo ao lado de Neteyam. Uma hora eu sabia que as coisas iam mudar.
Deixo a tenda de cura da Mo'at com um Neteyam tempestuoso dentro e minha mente no mesmo estado. Foi estranha a sensação de sair com um peso ainda maior do que eu entrei.
Enquanto cuidava de seus ferimentos, eu estava contendo, reprimindo sensações e impulsos, freando envolver meu corpo no esbelto brilhante do alien a minha frente e jorrar naquele abraço tudo que eu estava sentindo por ele.
Engoli a seco minhas emoções e neguei a mim mesma senti-las. E dói.
estagnar sensações nos adoece... Isso explica o peso que eu sentia. Tanto em meu intimo, como meus ombros.
Tudo por causa daquela droga de briga na madrugada! Isso devia ser deletado, reescrito. Ou ao menos contornado de uma forma menos estúpida do que de fato havia sido.
Mas ao escrever, ao narrar eu mesma no mundo fora da Terra, ao relatar cada uma das minhas vivências no planeta vivo e flamejante néon, eu busco ser a mais verossímil possível. Nua, crua, e exposta comigo mesma, para os leitores do que quer que seja esse livro um dia. Vejam como foi a origem de uma humana em meio a Aliens. E como eu sobrevivi a tudo isso.
Bom...
Ou como não sobrevivi.
Até porque há uma inconstância constante no futuro. Não sei a respeito de muita coisa, mas se por acaso eu não sobreviver a essa jornada espacial, saibam que minhas palavras são escritas não para serem esquecidas mas repassadas a diante. As seguintes gerações, aos humanos que assim como eu, se abrigaram em Pandora em busca de um novo lar.
E se eu morrer, localizem o Pringles e cuidem dele por mim!.
Não sei por quanto tempo fiquei vagueando em minhas ideias de vida ou morte, mas foi apenas passos altos e grandes se aproximarem de mim que tirei o foco de meus pensamentos recentes. Ergo o olhar para cima já sabendo que se tratava de um Na'vi.
— Corine... Oi. — os olhos âmbar amarelados brilhavam como de costume, pela pouca iluminação do acampamento militar.
Ak'rot.
— Oi Ak'rot... — apoio dois dedos em minha testa o deslizando na direção dele, no comprimento "eu vejo você." — O seu rosto...
O Na'vi adulto acenou em concordância, dando de ombros, parecendo cansado. Ele ainda estava com suas vestes de batalha e a pintura de guerra em seu rosto bem marcado.
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❖ 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝 𝐨𝐮𝐭𝐬𝐢𝐝𝐞 𝐄𝐚𝐫𝐭𝐡 | 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦
Fantascienza𖡃AVATAR FANFICTION ➳ Após ser escalada para uma missão de campo em outro planeta, a bióloga da RDA Corine Sigrid, embarca para o mundo de Pandora. Ela está a procura de grandes descobertas, focada na exploração da fauna local e busca entende...
