፝֯֟⋆˖❛◌ ༾ཻུ۪۪⸙ 019 Correndo Riscos

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Minha cabeça doía enquanto eu sentia meu corpo mole, quase que desfalecido enquanto era levada nos braços de Neteyam onde não sei a certo o lugar, minha mão fraca e trêmula se pendurou em meu braço de qualquer jeito a medida que eu era levada, sinto o braço do azulado tenso embaixo de minha cintura. Me esforço para entreabrir os olhos e vê-lo por um feixe de luz mínimo, seu cenho firme e lábio preso entre os dentes, tensão, o azulado estava nervoso...

Volto a fechar os olhos torcendo para toda essa dor, náusea e mal estar finalmente desaparecer de uma vez por todas,  minha nuca caiu mole para trás, mas as suas mãos firmes e gentis de Neteyam a colocarem de volta encima da dobra de seu braço.

— Aguente firme, querida... Aguente firme.

Sim, eu sou a sua querida...

Lo'ak apareceu a nossa frente assustado gritando e fazendo tanto barulho quanto um mosquito inconveniente.

— O quê aconteceu, mano? O que aconteceu?! Ela tá bem? Cara fala comigo!.

Aperto os olhos com sua voz alta.

— Lo'ak, calma. Eu vou levá-la a Tsahik. Depois conversamos...

Sinto calafrios a medida que sou levada e meu suor frio gruda na pele de Neteyam, enquanto a sinto em contato com a minha, respiro fundo me sentindo fraca, inválida, prestes a...

Ela está morta?

Não. Mas pelo visto eu já parecia uma.

O lugar possuía um cheiro de insenso queimando e folhas medicinais dos mais diversos cheiros, eu sou deixada encima de uma folha similar a de bananeira e não abro os olhos para me dar conta de onde estou, a luz era demais, as cores, tudo era demais...

— Não, mas temo que fique vovó...

Minha testa é examinada pela mão de quatro dedos da anciã e sou virada de um lado para o outro, ela me vendo nas costas e braços detalhadamente.

— O quê espera que eu faça filho?.

— Que a salve! — Neteyam exclama em plena agonia.
— Vovó, por favor ao menos tente... Sei que não entende nada sobre humanos mas...

A Tsahik respirou fundo parecendo resignada.

— Há quanto tempo ela está assim?

— Uns quatro dias eu acho...

— QUATRO DIAS?! — a matrona exclama se virando para o neto e minha cabeça dá um zumbido. — E espera que eu a salve só agora?

— Vovó me desculpa, eu, ela... A Kiri estava a supervisionando eu não fazia ideia de que o quadro dela estava assim.

— Ora, Kiri é só uma menina. Já disse para pararem de tratá-la como a Tsahik quando eu que claramente empenho esse papel aqui. — ela aperta minha pele entre os dedos. — Olhe essa expessura... Fina feito papel.

Humilha mais senhora, eu já não estou acabada o bastante.

— Desculpe senhora. — pede Neteyamur.

— Já fez seu trabalho por enquanto, eu vou ver o quê consigo fazer... Só mais uma coisa. Há alguma ideia do que ela possa ter?

— Bom, ela está vomitando muito e bebeu um pouco de nossa bebida alcoólica na festa da fogueira assim como ingeriu espetos de carne eu acho... Só isso...

— Só isso? —A Tsahik se levantou — Neteyam. Ainda tem coragem de olhar para a minha face e dizer "Só isso?". Ora garoto eu devia lhe dar uma boas palmadas! - bate no neto com uma palha desfiada. — É por isso que ela está assim então. Txul'ta!!. — xingou ela.

❖ 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝 𝐨𝐮𝐭𝐬𝐢𝐝𝐞 𝐄𝐚𝐫𝐭𝐡 | 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora