❖ 𝐓𝐡𝐞 𝐖𝐨𝐫𝐥𝐝 𝐨𝐮𝐭𝐬𝐢𝐝𝐞 𝐄𝐚𝐫𝐭𝐡 | 𝐍𝐞𝐭𝐞𝐲𝐚𝐦

፝֯֟⋆˖❛◌ ༾ཻུ۪۪⸙ 034 Afundando

Olho nos seus olhos, me puxando, me derrubando
Olhe meu coração, sob seus pés, no chão
Por que minhas mãos memorizam cada parte de você?
Por que seus lábios se movem com os meus desse jeito?
Passei por um maremoto, um furacão
Mas nada como isso antes.

(Lauren jauregui, diana Warren - not prepared for you).

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O beijo estava em um ritmo próprio, nos envolvendo, fundindo nossas essências através de vários selares. Meus lábios acompanhavam Neteyam e precisei me afastar minimamente para respirar, ofegante, próxima a ele. Enérgica.

Com o peito inquieto.

Suas pupilas escuras estavam dilatadas, se destacando na imensidão dourada que me encarava, como se qualquer parte do  meu rosto fosse se perder. Simplesmente gravando cada  feição da minha parte.

O momento congelou.

E de repente, eu não ouvia o som da cachoeira correndo ao nosso lado, não sentia o frescor da água gélida em meu corpo, ou a voz da razão ecoar que não devíamos voltar.

Eu apenas sentia ele.

O azul de sua pele.

Os brilhos por seu rosto.

Sua essência livre e selvagem Na'vi.

— Corine... — eu sinto a gravidade me impulsionar para cima a medida que ele me ergueu, segurando minhas coxas, me deixando de sua altura.

O coração palpitando ao ouvi-lo.

Me aproximei de suas orelhas compridas.

— Gosto do sotaque em sua voz enquanto diz meu nome... — sussurrei.

Fechei os olhos quando o senti acariciar meu rosto com o seu, roçando sua bochecha na minha, em uma carícia singela e até mesmo felina.

Eu poderia levitar e desintegrar em mil pedaços, que estaria completa. 

Ironicamente, mesmo que tudo se perdesse, com ele, eu teria tudo que preciso.

— Não tem como ser outra pessoa. — ele me conta.
— Eu estaria negando os sinais, o voo que tivemos juntos, ou o simples fato de ter levado você até meu clã. Eu estaria indo contra tudo o quê vivemos até agora....

Ir contra tudo.

E iriamos contra as exigências de seu povo? A cultura firmemente estabelecida....
Era muito arriscado e improvável.

Sinto seu focinho deslizar na pele sensível de meu pescoço e me torno incapaz de raciocinar, de respirar, liberando uma arfada alta quando o senti sugar meu pescoço, a boca beijando minha pele, sugando, me fazendo ficar em chamas, mesmo com várias gotas de água pelo corpo. Não perco a chance de segurar em seu rosto e trazê-lo de volta para a direção de meus lábios, onde novamente fizemos nossas línguas se encontrarem.

Que Na'vi gostoso...

Enlacei minhas coxas ao redor de seu abdômen esbelto, ainda sendo sustentada no ar.