PELA ETERNIDADE - BIBLEBUILD

2 - Pela Eternidade

BUILD

Durante um mês eu tive sonhos estranhos, como se eu estivesse revivendo algo do meu passado, eu nunca acreditei em reencarnação, mas depois dessa semana, ou eu estava tendo déjà-vus, ou estava realmente ficando louco.

Eu sentia a presença daquele cara o tempo todo, não só em meus sonhos, eu me pegava virando para trás, procurando por ele, ou até mesmo respondendo como se alguém sussurrasse meu nome em meu ouvido... foi só um beijo Build, um beijo, esqueça isso.

Porsche estava mais ansioso do que eu, vivia falando sobre sair e seguir em frente, achei que ele e o carinha aquele dia tinha rolado algo mais sério, eu o vi entrando em um carro luxuoso umas duas vezes, mas pelo visto foi só uma transa e nada mais.

Olhei para o volume das minhas calças, droga, estou com o pau explodindo, eu não transo há tempo, e o maldito empresário não sai da minha cabeça, que há poucos descobri que se chama Bible, transformou meus sonhos em pesadelos. 

"Você pode calar a droga da boca lobo, nós nunca brigamos, e agora você anda me irritando, eu já disse que ele não"

Meu lobo é o culpado por esses sonhos, ele quer me fazer abrir as pernas para aquele cara, e eu sei o quanto eu iria gostar, mas sei que eu terei que implorar por isso, e eu nunca imploraria por nem uma criatura na face da terra, então espero nunca mais o ver da minha frente.

Porsche e eu trabalhamos para o uma agência de publicidade, e fazemos bico de modelo para algumas campanhas, Porsche obviamente era o perfeito hetero desejável da Tailândia, eu tinha o rosto de um adolescente frágil e afeminado, todas os meus trabalhos, eram algo relacionado a produtos faciais, ou campanha para dia dos namorados, eu gostava até, me sentia com uma dupla personalidade, porque no fundo eu sei dos horrores do meu coração, por isso meu lobo quer tanto que eu encontre aquele empresário novamente, sabemos reconhecer o mal, e ele é o próprio diabo.

-Ok, está decido hoje à noite na Yok, vamos transar. – Eu disse firme

-Eu estava confiante, mas agora realmente não sei se quero.

-Porsche, Alfa nem um vale nosso choro, se ele não te quer, meu amigo tem quem queira.

Morar com Porsche e Chay era muito fácil, eu não tinha mais meus avós, e meus pais se foram há muito tempo, ambos temos histórias triste que nos moldaram a quem somos hoje, toda vez que lembro dos meus pais, eu me arrepio, isso é uma mancha doentia que eu nunca falarei, seja em qual inferno meu pai está que ele nunca reviva de novo, toquei meu braço tantas vezes quebrado por ele inconscientemente.

Os pais de Porsche viviam viajando, então moramos nós três de forma confortável no subúrbio de Bangkok, poderíamos estar morando no centro, com uma vida mais luxuosa, ganhamos bem, mas preferimos gastar nosso dinheiro viajando todo ano para algum país diferente, e provando de todas as etnias possíveis, meu lado fofo nessas horas fica enterrado.

-Ual P'Bui fica comigo por favor, me da uma chance. -Chay disse isso me jogando corações com as mãos

-Estou gato não estou?

-Não mais que eu...

Olhamos para Porsche, com aquela blusa de crochê mostrando seu corpo, do tom da sua pele, dando a impressão que estava sem blusa, uma calça colada em suas curvas, e uma corrente de ouro em seu pescoço que destacava ainda mais seu tom dourado.