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"Secrets I have held in my heart
Are harder to hide than I thought
Maybe I just wanna be yours
I wanna be yours"

I wanna be yours
Arctic Monkeys

Gavi

Ver Louise indo embora, sem que eu pudesse ir atrás dela foi uma das piores sensações que eu já senti na vida. E mesmo se pudesse, não saberia o que o que dizer ou como agir.

Afinal, eu não era um dos melhores quando se trata de sentimentos. Mas eu não conseguia evitar. Louise era a primeira pessoa em que eu pensava quando acordava e a última antes de dormir.

Absolutamente tudo me levava a ela, o que deixava bem claro pra mim que seja lá o que eu estava sentindo, estava ficando cada vez mais intenso. Ficar preso no quarto não estava me ajudando por isso eu fui até a piscina.

Eu queria mesmo era ir a praia, mas eu não conseguia ir tão longe sozinho. Na verdade, eu nem devia ter saído da cama, mas já devem ter ouvido falar que eu sou um pouco teimoso.

Ainda era cedo mas eu não podia ficar muito tempo, se alguém me visse aqui eu ia ter grandes problemas. Me sentei na espreguiçadeira, tirei minha camiseta e senti o sol queimar sobre a minha pele.

- Você não devia está na cama?

- Porra, Fati! Virou assombração? - disse sem paciência.

- Quem vai te matar é o Luis Enrique se te ver aqui tomando sol e não no seu quarto descansado.

- Eu estava entediado, tá bem?

- Podia ter me avisado. Eu teria te animado. - sorriu sacana. Essa fala com certeza tinha duplo sentindo.

- Você é tão esquisito. - murmurei.

Ansu se sentou na espreguiçadeira ao meu lado e nós ficamos conversando e rindo como dois idiotas. Por um momento, eu até esqueci que estava quase sendo mandado de volta pra casa.

- Pedri, você é um péssimo perdedor. - ouvi uma voz mais distante.

Olhei para o lado e lá estava a dona da voz. Louise ria de alguma coisa e estava acompanhada de Pedri. Eu tinha que confessar que isso era estranho para mim, mas eu não tinha direito de sentir qualquer coisa.

Devo ter encarado de mais, porque logo seu olhar caiu sobre mim. Ela parou de rir e sua expressão ficou séria. Nos encaramos por seja lá quanto tempo até Ansu forçar a garganta.

- Você vai falar com ela ou vai ficar olhando que nem um obcecado?

- Ela tá meio ocupada, não acha?

- Ela tá esperando você tomar um atitude, seu mané. - ele deu um tapa na minha nuca. - Anda, vai!

Mas eu não fiz nada. Não me movi. Meu corpo parecia estático. Ao perceber, Louise apenas bufou e seguiu para dentro do hotel em passos rápidos.

- Qual é a droga do seu problema, cara? - Ansu me encarou desacreditado. - Vai acabar perdendo uma garota incrível por medo de se arriscar. Ela não vai te esperar pra sempre.

Olhei para Pedri e o mesmo só fez um sinal com a cabeça para que eu fosse atrás dela. Meu consciente gritou para que a seguisse, então meu corpo finalmente se moveu.

Me levantei rapidamente e corri atrás da inglesa. Sabia que ela não estava mais andando de elevador, então eu acabaria chegando primeiro do que ela e foi exatamente o que aconteceu.

Assim que as portas do elevador de abriram, eu dei de cara com a garota tão distraída que acabou esbarrando em mim, igual na primeira vez em que nos vimos.

- Tá com pressa?

- Eu não te vi, foi mal. Vou prestar mais atenção da próxima vez. - ela disse se afastando de mim.

- Pode esbarrar em mim o quanto quiser desde que sempre acabe nos meus braços.

- Isso não tem graça, Pablo.

- Isso pareceu alguma piada?

Louise suspirou.

- Já falamos sobre isso.

- Não, você falou. Disse o que estava na sua cabeça e nem me deixou argumentar.

- Vi vocês dois juntos um dia depois que quase nos beijamos. O que queria que eu pensasse?

- Ela foi atrás de mim, não o contrário. Mas eu queria que fosse você, Louise. Queria que fosse você entrando por aquela porta e não a minha ex.

- O que me garante que você não vai ser um idiota comigo de novo? - ela cruzou os braços. - O que me garante que você não vai me machucar?

- Nada garante. Você vai ter que se arriscar, assim como eu estou fazendo, se quer ficar comigo.

Ela riu sem humor.

- Nem em um milhão de anos eu ficaria com um cara tão arrogante e convencido quanto você. - disse tentando parecer indiferente.

- Nem você acredita nessa mentira. - apontei.

- Não estou mentindo.

A maneira como ela conseguia me irritar com a sua teimosia, me dava ainda mais vontade agarrá-la no meio desse corredor. Eu respirei fundo e decidi ser completamente sincero, eu não tinha mais nada a perder.

- Olha, você tinha razão, aquela idiota que disse aquelas coisas pra você não era o mesmo cara que você conheceu no elevador. Mas esse cara está aqui agora pedindo, ou melhor, implorando pra que você me dê uma chance.

Ela não disse nada, parecia analisar toda a situação então eu continuei.

- Prometo que vou tentar ser menos arrogante, convencido, ego...

Mas sou pego de surpresa quando ela segurou meu rosto e juntou seus lábios aos meus. Absolutamente, nada mais se passava na minha cabeça a não ser o quanto eu estava esperando por isso.

Agarrei sua cintura e a apertei com certa força, a fazendo soltar um gemido entre o beijo. Pedi passagem com a língua e ela logo cedeu. Meu coração batia tão rápido que parecia que ia pular para fora qualquer momento.

Porra, era tão bom mas a ausência do ar se fez presente nos obrigando a parar.

Encostei minha testa na dela enquanto recuperavamos o fôlego e eu ainda tentava entender se isso realmente aconteceu ou estava delirando.

- Você fala de mais, Gavira.

O gol saiu, finalmente, e que gol lindo do menino Gavi

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O gol saiu, finalmente, e que gol lindo do menino Gavi.

RIVALS || Pablo GaviOnde histórias criam vida. Descubra agora