Louise estava vivenciando sua primeira Copa do Mundo e esperava que sua seleção fosse a grande campeã dessa edição. Entretanto, suas férias acabam se tornando uma avalanche de problemas quando ela conhece um jogador rival, Pablo Gavi.
"Eu odeio não...
O jogo estava empatado e se continuasse assim iria para a prorrogação, ou pior, os pênaltis. Meu coração acelerava toda vez que o outro time chegava na grande área ou quando Gavi fazia uma falta mais dura.
De longe eu podia perceber a grande tensão entre Gavi e Garnacho, desde que o argentino entrou para jogar no segundo tempo. Eles ficavam se provocando e maioria das pausas do jogo foi por causa deles dois
- Esses dois vão acabar se matando. - ouvi Aurora dizer com certa aflição na voz, eu não estava muito diferente.
Mais uma falta foi marcada e dessa vez foi de Garnacho em cima de Pedri. Gavi imediatamente foi tirar satisfação com o argentino e tudo acabou se tornando uma grande confusão, com direito a bate boca e dedo na cara.
- Essa não. - murmurei colocando as mãos sobre os olhos.
Os torcedores também começaram a gritar mais alto e a xingar os jogadores do outro time. A atmosfera amigável do começo do jogo havia evaporado completamente.
Lewandowski pegou a bola para bater a falta quando Pedri se levantou. Gavi correu para a grande área junto com todos os outros jogadores do Barcelona, com exceção do goleiro.
- Segura minha mão. - pedi já pegando a mão de Aurora e Sira.
O árbitro permitiu o lance, o que poderia ser o último antes da prorrogação. O estádio todo ficou em completo silêncio para assistir o polonês lançar a bola para a grande área.
Todos subiram para cabecear. Araújo tentou de primeira mas o goleiro defendeu. A bola sobrou e caiu nos pés de De Jong, que chutou para Gavi que estava sem marcação.
O meio-campista conseguiu driblar os zagueiros e em um lance que tudo podia dar errado, a bola foi parar no fundo da rede.
- GOL!
Aurora e eu nos abraçamos com tamanha felicidade. Pablo havia desempatado o jogo, ele havia feito o gol que classificaria o Barcelona para a próxima fase.
Ele correu pela beirada do campo fazendo sua típica comemoração de beijar o escudo do time catalão e vibrando muito com seus companheiros de equipe.
Percebi quando ele retirou um colar de dentro da camisa e também o beijo. Eu podia está louca mas tenho certeza que era o colar que eu havia dado a ele antes de viajar.
- E não é que ele realmente fez um gol. - murmurei para mim mesma, muito orgulhosa dele.
O melhor de tudo foi ver a cara de descontentamento de todos do time adversário, inclusive a de Garnacho. Saber que ele estava sofrendo me deixava muito feliz e satisfeita.
◇ ◇ ⚽️ ◇ ◇
Depois do fim da partida, alguns jogadores resolveram se reunir na casa de Ferran para comemorar a vitória. A música alta soava dentro da casa, assim como as vozes e risadas.
Gavi e eu estávamos na área externa, deitados em uma das espreguiçadeiras ao lado da piscina enquanto encaravamos o céu estrelado de Barcelona.
- Nem acredito que eu fiz aquele gol. - ele disse animado. - Quer dizer, tinha noventa e nove por cento de chance de dar errado.
- Então que bom que deu tudo certo. Eu tô orgulhosa de você, Pablo. Não só pelo jogo e pelo gol, mas por não ter deixado as provocações de Garnacho afetarem você.
- É, não foi nada fácil. Quando ele fez falta no Pedri, eu pensei seriamente em quebrar o nariz dele.
- É um alívio saber que você se controlou, mas eu não julgaria se você tivesse batido nele. Eu teria feito o mesmo no seu lugar.
Toda vez que eu vi Alejandro eu só conseguia pensar no quanto ele me fez mal e automaticamente me lembrava do quanto Kate foi uma amiga de merda me incentivado a ficar com ele só pra conseguir o que queria.
- Tudo bem? - Pablo perguntou preocupado. Ele deve ter notado que minha expressão mudou.
- Tudo, claro. - menti e forcei um sorriso.
- Tem certeza? Você tava estranho na ligação e tá estranha agora. Aconteceu alguma coisa?
Eu suspirei, me sentei na espreguiçadeira e ele fez o mesmo. Eu teria que contar a ele o que aconteceu uma hora, ou outra, e aparentemente teria que ser agora.
- Lírio, fala comigo. - ele pediu com cautela, segurando minha mão. - Por quê você tá assim?
- Kate e eu não moramos mais juntas. Eu me mudei. - contei e seu cenho franziu, indicando sua confusão.
- Como assim? Vocês brigaram?
- Nós discutimos e eu acabei descobrindo que ela já sabia que o projeto de mafioso argentino estava tendo um caso com a Eva.
Gavi abriu e fechou a boca algumas vezes mas não disse nada. Ele ainda tentava raciocinar tudo o que eu ouviu.
- Espera, por quê ela vez isso? Pensei que fossem melhores amigas.
- Era tudo parte de um plano doentio pra ficar comigo. Ela sabia que eu ia me machucar e ia voltar correndo diretos para os braços dela.
- Nossa, isso tá parecendo cena de novela mexicana.
- Pode ser, mas a Kate não é uma vilã pra mim. Tudo o que ela fez, por mais errado que fosse, ela fez por amor. Você não faria uma loucura se visse a pessoa que você gosta sendo feliz com outro?
- É, talvez. - ele deu de ombros. - Felizmente, você já é feliz comigo e eu nunca mais vou deixar você escapar de mim.
- Eu realmente espero isso porquê eu nunca mais quero que você me deixe escapar. - segurei seu queixo com apenas uma mão e olhei diretamente em seus olhos. - Entendeu?
- Sim, senhora capitã. - brincou fazendo sinal de continência. - É você quem manda, Mount.
- Que bom que você sabe, Gavira.
Ele revirou os olhos e rir, me aproximando para juntar meus lábios ao dele. Cada momento com Pablo se tornava algo do qual eu queria me lembrar sempre que estivesse longe.
Seu cheiro, seu toque, seu olhar, seu beijo. Eu não fazia ideia de quanto tempo mais teríamos que viver nosso relacionamento a distância, eu só esperava que fosse em breve.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
