capítulo 1

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Sofia's pov
Estava deitada na minha cama, mexendo no meu celular. Sim, ao contrário do que muitos pensavam, eu e minha irmã tínhamos celulares, e até instagram- obviamente, privado.
Eram 7h da manhã. Sabia que a mesa não estaria posta ainda, já que minha serviçal não bateu à porta.
Já estava arrumada para descer. Usava um vestido rosa de alcinhas, que ia até o joelho. Iria esperar virem me chamar, para que eu pudesse descer.
Normalmente eu estaria no quarto da minha irmã, mas, bom, as coisas entre nós estavam estranhas desde que ela voltou para as festas.de fim de ano..
Estava rolando minha fy do Tiktok e, só foi pensar nisso, que veio um video nosso com a música "pictures, pictures, smile for the pictures", com momentos em que eu deixei transparecer minhas frustrações. Ótimo time, do jeito  como está os rumos de meus pensamentos.
Quem vê de fora, pensa que nossa relação é perfeita. Que somos muito unidas. E realmente, éramos.
Mas, quando Leonor voltou nesse mês de dezembro, estava distante comigo. Estava formal demais, como se fôssemos meras conhecidas. Talvez nem isso. Não me defendia, como fazia antes, quando meu pai me repreendia ou me comparava com ela. Ela mudou. E foi só comigo. Por mais que eu quisesse abrir a porta que ligava nossos quartos, pular em seu colo, e dizer o quanto sentia falta da minha irmã mais velha, não ia fazer isso.
Já tentara antes, e ela me ignorou. Seus olhos sem nenhuma emoção. Ela saiu parecendo nem ter me ouvido. Nem ter me percebido. Aquilo me mostrou que, por algum motivo, eu não existia mais pra ela.
Meu pai deve estar feliz,.afinal, nunca ligou pra mim.
Alguém bate na porta, me fazendo perceber o rosto molhado.
-Infanta Sofia? O café já será servido.

Eu não devia, eu sei. Era contra todo o decoro e de como esperavam que a Infanta, da Família Real da Espanha, se portasse. Mas eu não estava bem, nem um pouco.
Então, eu explodi.

-SAI DAQUI, DOLORES. AGORA!- e soltei um grito que foi alto demais até pra mim.

Me deixei escorregar da cama pro chão, me encolhendo, dizendo repetidamente.

-NÃO FINJA QUE SE IMPORTA COMIGO, PQ NINGUÉM SE IMPORTA COMIGO NESSA MERDA- a frase já era um susurro quando, inesperadamente, alguém abre a porta que divide os dois quartos. Não tive tempo para perceber quem mais estava ali, alem de Leonor, pois antes de pensar em me virar, senti um tapa forte no meu rosto.
Coloco a mão no local, que provavelmente estava muito vermelho, baseado na dor que eu sentia, ao mesmo passo que me viro, e vejo meu pai. Mais atrás, minha irmã.

- está maluca? COMO PODE TRATAR ALGUÉM ASSIM? E AS MANCHETES? E SE DEU PRA OUVIR LÁ FORA?

-, por que...vo...ce só se importa...com isso?

-do que está falando? Não seja tola. E nem fuja do assuntos. No que estava pensando? Pra onde foi toda sua educação?

-quer...mesmo...saber?- eu tava com raiva. Raiva por ter me descontrolado. Raiva pelo tapa. E raiva por não consegur parar de soluçar na frente dele.
E então, eu levo outro tapa. Mais forte.
Não me dei ao trabalho de virar o rosto de novo, mas ele fez isso por mim, segurando forte meu queixo, e me forçando a encara-lo.

-pare de gracinhas! Por que você sempre faz tudo errado? Não consegue fazer nada direito? VOCÊ SERVE PRA ALGUMA COISA? VOCÊ É UMA IM...- então, algo inesperado acontece. Ele é interrompido. Por Leonor.

-pai..chega. Não precisa falar assim com ela. Você está nervoso. Deixa que eu falo com ela, tá? Ela só se descontrolou, ela errou, mas ninguém é perfeito. Não vai acontecer de novo.- eu tava olhando pra ela, provavelmente esboçando toda a minha surpresa. Porque, eu realmente estava.

Ele encarou Leonor por um tempo, que tirou o braço que estava em seu ombro. Pigarreou, e então disse:


CONTINUA
oq sera q vai acontecer??

o lado obscuro da realeza- Princesa Leonor e Infanta SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora