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SOFIA
Nao pensei duas vexes ao entrar na sala e abraçar minha vó. Uma ação normal, certo? Não, não naquele momento, não com ela.
Até meua 5 anos, eu e Leonor éramos muito apegadas à ela. Não lembro de muito, mas sei que eu sempre chorava quando ela ia embora.
Em um dia, Leonor mudou com nossa vó, ela ignorava ela, e queria que eu fizesse o mesmo. Eu não entendia a sua ação. Na tarde que antecedera esse ocorrido, ela deu um beijo e um abraço em nossa avó, exatamente como eu. Então por que, como, tendo passado menos de 24 horas, sendo apenas de manhã, isso havia mudado? Por que ela me empurrou, me segurou pelo braço e me arrastou escadas à cima, mandando eu nunca mais falar com ela? Isso, eu só fui entender 4 anos depois.

Eu completaria 9 anos naquele ano. Estávamos no tradicional almoço de Páscoa em família. Estava evitando muito grude com minha vó e vô, já que minha mãe sempre tentava atrapalhar, e minha irmã brigava comigo- desde o ocorrido, 4 anos antes, eu criei uma distancia com meus avós quando minha mãe e irmã estavam presentes. Mesmo eu tendo diminuido as trocas de carinho, Leonor sempre brigava comigo quando as via. E eu não entendia.
Mas isso mudou neste almoço.
Estava deitada com a cabeça no colo da minha vó, e com os pés no colo do meu avô. Ela alisando meu cabelo, ele massageando meus pés. Estava contando como haviam sido as férias, quando, quase de imediato, sinto uma forte puxada em meu braço, seguida de gritos de ordens do meu pai, e de reprovação da minha vó. Cai no chão,já que não esperava, e meu corpo estava totalmente mole.

-EU MANDEI VOCÊ FALAR O NECESSÁRIO COM ELES!- gritou ela, me encarando. Eu sentei no chão, mas tive dificuldade para ficar em pé. Minha avó, então, segurou meu braço, com a intenção de me ajudar. Mas, antes, quase em unissom, minha irmã e mãe gritam.

-AFASTE-SE DE SOFIA, AGORA.- enquanto minha mãe empurrava a mão de minha vó, Leonor me levantava. Eu já estava de pé, mas ela continuou segurando meus pulsos.

-Leonor, me solta! Você ta doida?? Por que fez tudo isso!- tentei me soltar, mas não obtive sucesso.

- você faria o mesmo no meu lugar, se soubesse o que eu sei!- sempre soube que havia algo por trás. Será que finalmente iria descobrir?

- como pôde envolver Leonor nisso? Ela é uma criança- dizia minha vó, voltada para minha mãe. Meu avô seguia em silêncio, paralisado no mesmo lugar, apenas observado.

- chega! Leonor, solte sua irmã. -Leonor não o fez. LEONOR DE BORBON Y ORTIZ, SOLTE A SUA IRMÃ- ela não se moveu. Nosso pai se aproximou lentamente- A GO RA- disse cada sílaba lentamente. Antes que percebesse ou pudesse me impor, sinto que estou sendo puxada.

- ela precisa saber- minha irmã diz, ao correr em direção ao banheiro e nos trancar lá. Finalmente, soltando meu pulso. Meu pai não gritou por nós por muito tempo, já que se envolveu na discussão. Foi muita gritaria, insultos, que logo deixaram de ter importância. Tudo que eu ouvia eran as palavras ditas por Leonor.
E foi assim que descobri.

E aqui estava eu, abraçando minha avó pela primeira vez desde aquele dia, em que descobri que ela fez o possível para impedir o relacionamente dos meus pais, só por minha mãe ser plebeia. Por ter tentado matar nossa mãe com veneno alimentício. Por.ter vazado notícias falsas à seu respeiro para a imprensa. Por, mais tarde, quando minha mãe estava grávida de Leonor, ter tentado de tudo para minha mãe sofrer um aborto. Por ter ameaçado minha família materna, caso minha mãe não colocasse fim na gestação. Por ela ter ameaçado tirar meu pai da família real, inventando que ele era filho ilegítimo...
Ela desejou a morte da minha irmã, ela desejou a minha morte. Então, por que, por que eu estava abraçando ela, quase sentada em seu colo, apenas para Leonor perder o controle em frente.às câmeras, e assim, finalmente, nos resolvermos?

CONTÍNUA.
- a Rainha Emerita Sofia e as irmãs do Rei eram contra o seu relacionamento c Letizia, e smp humilhavam ela, tentaram inúmeras vezes separa-los, por isso as meninas n tem mt contato c ambas-

o lado obscuro da realeza- Princesa Leonor e Infanta SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora