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Antes que eu pudesse obter uma resposta à mim mesma, sinto a mão de Leonor no meu antebraço. Não de um modo amável e cuidadoso, como geralmente fazia, apenas para me guiar. Dessa vez, foi de uma forma bruta. Ela me puxou, me fazendo colidir contra seu corpo. Não só olhos curiosos, mas também câmeras, estavam em nossa direção. Vendo a intensidade e a raiva estampadas em seus olhos, fixos em nossa avó, me pareceu uma idéia não muito inteligente provoca-la...vendo seu olhar, era certo que eu não ficaria viva por muito tempo se continuasse com isso.
Era possível se ouvir burburinhos entre os jornalistas. Parecendo ter dispertado, Leonor mudou a expressão, e me abraçou.

- Você demorou, Sofi.- disse, sorrindo.

A desconfiança ainda pairava nos rostos dos jornalistas quando ela terminou o abraço, pegou minha mão, e me direcionou à cadeira ao lado da sua. Entre nossos pais.
A mudança de expressão foi...surpreendente. Na verdade, não era para eu estar surpresa. Leonor sempre soube omitir seus sentimentos negativos em público. Bom, nem sempre. Uma vez ou outra ela deixava transparecer que não estava bem, ou sua indignação com determinado situação, geralmente quando eu sou diminuida, mas nada que alguém não muito observador notaria.
Eu queria fazê-la perder o controle em público, irrita-la até ela não conseguir não revidar. Mas, bom....depois daquele seu olhar....é melhor não....
E eu posso mostrar de outra forma que nós não somos perfeitos à imprensa...ignorando-a...
Assim, também conseguiria com que ela converssasse comigo e falasse a verdade, sem precisar estressa-la...Não tanto quanto era planejado....
Todos à mesa estavam rindo e interagindo. Menos eu. Fiz questão de encarar Leonor,- para não sobrar dúvidas à imprensa de qual era o problema.
A primeirs rodada de comidas foram as frutas. Agora, estavam sendo servidos bolos. Antes que pudesse pegar o meu favorito, o de chocolate com morango, e o mais próximo de mim, Leonor foi mais rápida.

-aqui-, colocou o prato à minhs frente, sorrindo-, temos que aproveitar que hoje o doce tá liberado- ela deu um meio sorriso antes de pegar sua fatia

-vó- disse, me virando para ela. Não precisei olhsr para saber que leonor e minha mãe me encaravam.- quer trocar de bolo? Quero esse, que tá com M&M em cima,- sorri, ouvindo o barulho de fotos e falas de aprovação e carinho, como "que amor", seguidas logo depois por "mas a Princesa Leonor teve o trabalho de pegar pra ela", e, claro, falando de sua expressão observando a cena. Eu não vi, porém, dava para imaginar...

Meus pais e Leonor me matariam ali mesmo se pudessem. Eu estava fazendo algo que, nem nos sonhos, eles imaginavam.
Para os jornalistas, é claro, foi um presente, pela quantidade de manchetes que iriam fazer.

CONTINUA...
-oq acham q vai acontece?

o lado obscuro da realeza- Princesa Leonor e Infanta SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora