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Volto à realidade quando escuto uma notificação no meu celular. Era.um lembrete. Estava na hora da aula de inglês que, com tudo isso, sumiu da minha mente.
Troquei de roupa, vestindo uma calça preta com um top rosa, e desci para a sala de estudos, onde seria a aula. Estava torcendo para minha irmã não fazer parte dela.
Estava descendo as escadas que davam para o andar de baixo bem distraída, de modo que tropecei ao descer o último degrau.
Virando 2 corredores à esquerda, cheguei à sala. Lá estava a professora, que se levantou e fez uma curta reverência ao me ver, remendada por outra, um pouco mais demorada, que me fez virar para trás e confirmar minha hipótese: Leonor estava atrás de mim.
Tratei de desviar nossos olhares, e me sentei perto da janela. A mesa era arredondada, com um tamanho médio. Em volta, prateleiras cobertas por livros sobre variadas matérias. Na sala também tinha um quadro branco. Ao lado, inúmeros materiais escolares: que iam desde borrachas à tintas e pincéis.
As poltronas em volta da mesa eram marrons, combinando com a tonalidade do ambiente.
Leonor sentou-se a minha direita, não tomando muita distância entre nós. O certo seria ela estar no lugar onde eu sentei, já que era a herdeira, mas...

-ok. Let's go. Please, read this conversasion- disse s professora, nos entregando uma folha. Ela sinalizou que nos aproximassemos. Eu ia colocar a cadeira um pouco mais perto, porém Leonor foi mais rápida, me puxando e me fazendo cair quase em seu colo.

- tem espaço suficiente.aqui-.disse, se afastando para que eu sentasse. Realmente, as poltronas.eram bastante espaçadas.- não precisa ter o rrabalho de mover a poltrona.- ela me encarou por mais uns segundos. Vendo que não teria continuidade, acabou voltando- se para o papel, que estava centralizado, para melhor visualização de nós duas.

O texto e diálogo eram sobre amor, perdão e cumplicidade fraternal, o que eu achei muito irônico.
Após a leitura, a professora perguntou o qjue era o perdão e como isso desenrolava conosco. O que fazíamos com as mágoas, como lidávamos. Tudo em inglês
Ao decorrer das perguntas feitas e suas explicações e opiniões, tive a certeza que tinha dedo dos nossos pais nesse tema
Depois disso, voltei para meu lugar, sem olhar para minha irmã, mas sentindo seu olhar em mim. A aula continuou tranquila, apenas treinando vocabulário.

-ok, it"s great. Congratulation for it. And...I hope you be ok in the next class- adicionou, com um meio sorriso sucedido de uma reverência. Meu olhar acabou encontrando com o de Leonor por um breve segundo. Já estava prestes a sair, logo atrás da professora- Claire- quando sinto uma mão no meu braço.

-temos que conversar.- disse, simplex. Odiava o fato de ela conseguir manter a autoridade. Odiava que isso causasse um efeito em mim e me fizesse escuta-la...

-Eu não tenho nada para falar com você. Você mentiu pra mim Leonor! Eu entendo que você tenha ficado chateada, mas eu havia me desculpado, e você aceitou! Pra que tantas mentiras? Prometemos quando crianças nunca mentir uma pra outra, principalmente quando algo nos encomodasse! Não é nosso pai que tá destruindo nossa relação, é...Você.- já estava indo em direção a porta, quando Leonor segura meu pulso e me vira, fazendo com que eu encarasse-a.

-ta, agora me escuta...

-eu não quero te escutar. Como.vou saber se é verdade?-tentei me soltar de sua mão, mas o que consegui foi que ela apertasse mais

- Eu não estou perguntando. Estou dizendo que EU vou falar, e VOCÊ vai ouvir.- disse, com ênfase. Sua voz estava autoritária, seu tom um pouco mais alterado que o habitual. Ela me encarava com uma expressão que não soube distinguir. Raiva, talvez?- Senta- disse, me empurrando para a cadeira mais próxima, e me fazendo ter certeza de sua emoção atual. - olha, So.

-Com licença, Altezas- entrou Javier, um dos mordomos da casa, fazendo uma reverência um pouco atrapalhada- Sinto interromper, mas-, diz, se voltando para Leonor- Seu pai solicitou sua presença na sala de reunião 2, acredito que para ouvirem seu discurso e conversarem sobre o evenro de amanhã, Vossa Alteza.

-evento? Amanhã??- disse, me levantando. Poderia ser só pra ela, né?

- Sabia que ia esquecer...- ela tentou  omitir o sorriso, mas falhou- vai na sua Agenda Real, deveria verefica-la mais vezes- Leonor estava quase abrindo a porta da sala, quando parou, pela fala do mordomo.

- Deveria  notificar seu pai por essa falha.

- E eu deveria demiti-lo pela intromissão, não?- ele tentou falar um "perdão", mas Leonor prosseguiu - trate apenas dos serviços que o foram designados. Se minha irmã e eu presenciarmos, ou se ficarmos sabendo de mais alguma intromissão, não será só uma conversa. Entendeu? - esses eram os momentos em que eu amava o seu tom autoritário. Ver a cara de medo do mordomo, e logo depois sua obediência...era algo muito legal. Eu tinha muito orgulho dela. Ela seria uma ótima rainha.

-ótimo-, foi sua resposta ao "sim, Alteza" do mordomo, que saiu mais como um susurro. - Precisamos conversar e esclarecer algumas coisas...pode me esperar no meu quarto, não vou demorar- disse, se voltando para mim, e depois indo em direção a porta. O mordomo fez uma reverência apressada para mim, e abriu a porta para Leonor. Algo me dizia que essa fala não foi uma sugestão, e sim uma ordem. Fiquei curiosa para saber o que aconteceria se eu ignorasse...

CONTINUA...
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o lado obscuro da realeza- Princesa Leonor e Infanta SofiaOnde histórias criam vida. Descubra agora