16. Preocupações

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"Há momentos que não conseguimos disfarçar o quanto nos importamos com uma pessoa…"

Soraya Thronicke:

Chegando em casa recebi a ligação de Juliano, o amigo que entrei em contato horas trás.

Olá, oncinha. Desculpa não poder conversar naquele horário, do que precisa?

Juliano é um amor, ele é o meu amigo hacker. Bem, não sei se ele é de verdade, mas gosto de chamá-lo assim.

— Me desculpe te ligar daquele jeito, acho que soei desesperada.

Só um pouco.

Ambos rimos.

— André, é pedir muito para que procure algumas informações na tal da deep web para mim?

A deep web é um local onde há algumas informações sigilosas e relevantes sobre tudo em geral. É como se a nossa internet contivesse 10% de tudo, enquanto a deep web possui 90%, algo assim, não sei explicar bem. Para quem não conhece tanto, assim como eu, é muito perigoso se aventurar por lá, mas para o meu amigo, que diz constantemente buscar informações nesse local, é bastante tranquilo.

Palavras dele.

Claro. Sobre quem?

— Minha chefe. Quero saber o que ocorreu em seu passado. Estou mal por bisbilhotar, mas… ah, sei lá.

Todos nós vamos atrás de informações de algum modo, seja de um familiar, uma estrela famosa, um homem, mulher no tinder, não importa. Não se sinta mal.

— Procurei na internet convencional algumas informações, mas não encontrei nada de relevante.

Sorte a sua me conhecer. — brincou. — Não há quase nada que passe despercebido por mim.

— Isso me deixa feliz. — suspirei após um pequeno sorriso. — O nome dela é Simone Tebet, uma famosa arquiteta aqui na cidade.

Deixe comigo. Irei montar um arquivo e te entregar o quanto antes.

— Ju… muito obrigada mesmo. Não sei como te agradecer.

Não se preocupe. Você já me ajudou demais, oncinha.

[...]

Assim que acordei fui direto ao quarto de Isabella, que estava quietinha, como de praxe. Ao tentar acordá-la, vi muita resistência, e percebi seus cabelos um pouco molhados.

— O que houve, filha?

— Tô com a cabeça ruim.

Coloquei a mão em sua testa, e vi que ela estava mais quente que o normal. Não perdi tempo e peguei o termômetro para medir sua febre, e notei que ele marcou 38°.

Conversei com a minha mãe, que prontamente falou:

— Se ela piorar, eu a levo no hospital, filha. Hoje estou de folga. Pode ir trabalhar tranquilamente, qualquer coisa te aviso.

— Certo, mãe. Obrigada.

Saí da minha casa em direção à mansão, ainda preocupada com minha menina.

[...]

Simone não parava de me olhar durante a manhã, e eu não havia identificado ao certo o motivo. A face dela estava diferente do habitual.

Depois de algum tempo ela resolveu interromper alguns de meus afazeres e perguntar:

— Onde Isabella está?

THE LOST - Simone & Soraya.Onde histórias criam vida. Descubra agora