THE LOST - Simone & Soraya.

21. Eu quero e preciso de você

N/A: depois de tantas mensagens de amor e carinho (recebi ameaças por mensagem) resolvi ainda hoje, por livre e espontânea vontade, trazer mais um capítulo (me forçaram a isso). Espero que aproveitem, também adoro vocês, viu? <3
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"Quando duas almas se encontram, o universo para pra ver."

Soraya Thronicke:

Fui levada para a minha casa sem ouvir uma palavra de Simone após entrarmos no carro. Isso porque ela havia dito a Rodrigo que tínhamos muito para conversar.

Já cansei de tentar entender a cabeça dessa mulher. Ela é bipolar, não tem lógica. Qual o problema mental de alguém em fazer aquilo no meio da rua? A mulher deu praticamente um cavalo de pau e parou em frente ao carro que eu estava.

— Não vai falar nada?

— Acho que deveria escolher melhor suas companhias.

— Ah, quer dizer então que ele era uma má companhia? — cruzei meus braços, a analisando.

— Sim. Ouvi ele dizendo ao telefone que iria te "comer". — trincou o maxilar ao proferir a palavra com certo desprezo.

Fixei meus olhos nos de Simone que havia parado em um semáforo.

— E?

— Você só pode estar de sacanagem, né?!

— Espera um pouco. Esse showzinho todo foi porque você está com ciúmes de mim?

Eu não devia ter falado assim…

A mulher mudou sua face bruscamente. Pensei que ela voaria em cima de mim, tamanha raiva que presenciei.

— Não é a porra de ciúmes! Só tentei te proteger, merda!

— Ele foi agradável, gentil, conversou comigo por vários minutos, falou que tinha um filho e outras coisas que não preciso falar. Sorriu para mim toda hora, me fez sentir especial e você diz que queria me proteger dele?

— Soraya…

— Ah, agora você vai esperar eu falar. Por mais que tenha ouvido o homem dizendo que queria me "comer", ele fez algo que não estou acostumada a ver nas pessoas que me cercam: ele foi gentil. E, se ele continuasse daquele jeito, provavelmente iríamos transar mesmo, até porque estou precisando de uma transa de verdade. — falei de uma vez.

Simone rapidamente levou seus olhos aos meus com ainda mais fúria.

— O que você quis dizer com isso?

— Eu não quis dizer nada. Agora, se seu ego foi ferido, eu...

— Meu ego está muito que bem, obrigada. Mas eu não vou deixar você transar com aquele homem!

Havíamos acabado de chegar em minha casa.

— Isso não é você quem escolhe! Já ouviu aquela expressão: meu corpo, minhas regras? Então, se eu quiser, tenho direito de sair e transar com quem eu quiser e quando eu quiser!

Não sou propriedade de homem ou mulher alguma para Simone pensar que pode interferir em meus relacionamentos.

A mulher se calou por alguns momentos, e logo depois bateu com as duas mãos no volante, frustrada.

— Eu não consigo esquecer nossa última noite, merda! Você não sai da porra da minha cabeça, mulher! Estou ficando maluca em não conseguir pensar em nada a não ser você! Eu odeio me sentir tão presa a alguém! Esse é o meu problema, e você não está me ajudando em nada! Satisfeita?!