Sábado, às 18 horas.
Xavier e eu caminhávamos na mata escura, em direção a mansão abandonada dos Gates. Seguimos pela rota recomendada por Tyler, pois sabíamos que em pouco tempo estaríamos lá.
Enquanto seguíamos, eu não conseguia parar de pensar na conversa que tivera com minha mãe, ela parecia tensa e abalada com suas visões. "Minha mãe que possui uma lente menos mórbida, tendo visões ruins?", só poderia significar que desta vez nós estávamos de fato em apuros.— No que está pensando? — perguntou Xavier, enquanto segurava minha mão evitando que eu escorregasse na lama da floresta.
— Minha mãe teve as mesmas visões que você me contou nos sonhos. — digo, e o vejo se surpreender. — Ela disse que vêm recebendo notícias de falecimento de excluídos nos últimos dias.
— O que será que pode ser? — ele me pergunta, ansioso. — Será que um padrão está tramando novamente?
— Eu não sei, mas eu vou descobrir. — digo, e seguimos até a casa.
Chegamos na mansão abandonada e iniciamos a busca, subimos até o andar dos quartos e reviramos tudo, desde as camas, até os armários, os gaveteiros, mas infelizmente não encontramos nada que pudesse nos ajudar. Fico pensando se a família Gates, na verdade não é mais responsável pelos atos contra os excluídos, e apenas desencadeou um monte de padrões assustados ao redor do mundo.
Cansados da busca, Xavier e eu estávamos agora no quarto de Laurel. Nos sentamos na cama da padrão, que agora se encontrava presa, e começamos a olhar os álbuns de fotos da mesma. Suas fotos eram repletas de felicidade, e sua família parecia prestigiada pela união e compaixão. "Quem diria que a Sra. Gates trocaria tudo isso por um excluído!" penso, irônica.— Você está mesmo gostando dele né. — pergunta Xavier, desanimado, me tirando de meus pensamentos.
— Gostando de quem? — pergunto-o, desinteressada. — Será que dá para mantermos o foco? - pergunto-o ríspida.
— Não vamos achar nada aqui. — larga o álbum de fotos e se aproxima de mim, fazendo-me olhar fundo em seus olhos. — O que rolou entre vocês no quarto dos Gates na outra noite? — me interroga, e sinto um misto de ansiedade e irritação.
— Ele me beijou. — respondo-o irritada.
— Ah entendi. — sorri, irônico e chateado. — Então você só aceita ser beijada por monstros. — finaliza, mostrando estar incomodado.
— Eu não disse que aceitei o beijo. — respondo-o, mentindo, afinal, eu havia aceitado o beijo, instintivamente
— Wandinha, quero que seja sincera, você acha que tenho chances de ser mais que o seu amigo? — o mesmo esbanjava medo e ânsia pela minha resposta.
Eu não sabia o que dizer, afinal, eu não poderia sentir nada por um monstro que me enganou durante tanto tempo, e, também não poderia dizer ao Xavier que nunca senti nada por ele, a forma como ele me estimava e apreciava a minha pessoa, me fazia bem, mas eu com certeza não ousaria sentir ou admitir sentir nada por nenhum dos dois.— Xavier, eu não saberia dizer tanto quanto você não saberia ouvir o que se passa em minha cabeça. — reparo que seus olhos mal piscam ao meu olhar.
— Por favor, me diz que... — seu rosto se aproxima cada vez mais do meu. — Me diz que podemos estar juntos... — meus olhos se fecham com a proximidade, e eu sinto seus lábios tocando os meus.
O mesmo me puxa para si e nos deita na cama, desta vez, sinto que a impulsividade não me permitirá fugir. Ele passa sua mão direita em minhas costas, me apertando contra si enquanto pede passagem com sua língua para adentrar meus lábios, dou abertura, hesitando um pouco.
Enquanto me beija, Xavier desce o zíper do moletom que carrega em seu corpo e começa a abrir os botões da camisa do uniforme, apresentando seu tronco para mim. Interrompo o beijo para tomar ar.— X-xavier, você não acha que é melhor voltarmos...? — digo ofegante pelo beijo.
— Você não quer...? — sussurra, passando sua mão em seus longos fios. — Não é o que seu corpo diz... — sorri, e me puxa para outro beijo apaixonado.
Desta vez, o mesmo tira o meu colete do uniforme escolar, separando por poucos segundos nosso beijo. "Não acredito que estou fazendo isso na cama da mulher que tentou me assassinar" penso, e logo me concentro na situação.
Xavier começa a abrir lentamente os botões da minha camisa.— E-essa é a primeira vez que eu... — hesito, ofegante. O mesmo havia me deixado de tronco exposto, apenas com o sutiã. E ele se encontrava da mesma forma.
— Pera, você é... virgem? — ele hesita também.
— Pensei que fosse óbvio. — digo, ríspida.
Num momento breve, sinto que meus olhos estão a escurecer e noto que estou prestes a ter uma visão.VISÃO ON
Nesta visão vejo meus pais e o Feioso trancados em um quarto, meus pais estão a se abraçarem, e diante deles há um cadáver de um padrão completamente dilacerado com suas tripas expostas, como se fosse uma peça de carne de algum açougue.
"Espera aí, estou tendo essa visão de novo?" Penso, incomodada com o fato de uma visão estar se repetindo para mim.
A cabeça do padrão está esmagada, como se alguém houvesse pisado na mesma.
Feioso está chorando muito, não há sangue em nenhum membro da família Addams."Minha família só pode estar em perigo!" Penso, e vejo a visão desaparecer num piscar de olhos.
VISÃO OFF
Ao levantar da cama, reparo que Xavier se encontra acima de mim, o mesmo parece curioso. Ainda nos encontramos com os troncos desnudos e não parece ter se passado muito tempo.
— V-você teve uma visão? — me pergunta, assustado.
— Precisamos voltar a Nevermore imediatamente. — digo ríspida, e pego minhas roupas enquanto me dirijo rapidamente até a porta do quarto.
— Você vai sair assim?! — O mesmo se ergue da cama rapidamente e me segue.
— Nos vestimos no caminho, não há tempo. — digo séria.
◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇◇
Momento mais quente entre o Xavier e a Wand.
Pessoal, sugestões? Xingos? Estou a disposição.
Wyler fãs odiando esse capítulo em 3, 2, 1...
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𝙥𝙧𝙚𝙨𝙖𝙜𝙞𝙤 𝙙𝙞 𝙢𝙚𝙧𝙘𝙤𝙡𝙚𝙙𝙞́ - Tyler x Wandinha x Xavier
RomansEstou tendo um sonho, algo que considero muito repentino, pois não sonho há meses. Me vejo sozinha em uma floresta a correr, mas sem saber para onde. De repente, ouço um ranger ensurdecedor e uma voz que não reconheço fala: "Sabe, Wandinha, uma vez...