Capítulo 43: Uma procura na grande festa e o adeus fajuto

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Era dia 01 de dezembro, em uma semana estaríamos formados na escola e naquela noite meu adorável noivo daria uma grande festa em seu palácio em comemoração dos seus 29 anos.Minha presença e simpatia eram obrigatórios. Ainda não tínhamos nada contra ele além da fala de um velho bêbado. Mas a festa seria em seu palácio, e com certeza lá haveria onde e o que procurar, eu e Nathaniel éramos convidados e estávamos prontos para sumir a procura de algo assim que tivéssemos a oportunidade.

Eu precisava me vestir mais do adequadamente, eu precisava ser delicada e brilhante, segundo minha mãe, por isso ganhei um lindo e caríssimo vestido branco. Suas alças eram finas e parte das minhas costas ficavam expostas, seu tecido era leve e delineava meu corpo perfeitamente, havia uma fresta na perna direita, eu o usava sem sutiã o que tornava o decote ainda mais bonito e sensual exibindo parte comportada de meus seios de forma a fazer juz à sua pele jovem e firme.

- Uau! Você exala uma elegante sensualidade, senhorita! - Carmem disse me olhando no espelho.

Eu sorri.

"Viu só, Nathan? Eu posso sim ser sedutora como Cléo."

Minha maquiagem era leve como sempre, na boca um batom vermelho, minhas jóias combinavam perfeitamente, um colar com um diamante que fazia o ponto de luz entre meu pescoço e ombros, um brinco maior do que o comum e meu cabelo preso num coque com apenas um pequeno cacho solto o que deixava a mostra meu pescoço e clavícula e uma delicada pulseira. No pé uma sandália de salto fino que ressaltava minhas belas pernas recém depiladas assim como todas as áreas do meu corpo haviam sido cuidadosamente depiladas e hidratadas. Eu cheirava a flores e frutas deliciosas.

Sorri ao meu olhar no espelho satisfeita com minha imagem.

- Está realmente linda, uma flor na flor da idade... - meu pai disse da porta.

Ouvir um elogio de meu pai pela primeira na vida me fez corar e ter vontade de chorar ao mesmo tempo.

- Vamos? - ele me chamou dando o braço.

Assenti unindo nossos braços o que era muito novo e estranho para mim.

Entramos no carro e o motorista começou a dirigir para aquele palácio gigante que poderia ser minha casa dali há duas semanas se eu assim desejasse. Ao chegarmos no local e passarmos pelos enormes portões senti calafrios, o local era enorme, onde eu procuraria por algo?Muito maior do que minha mansão, aquilo ali a colocava no chinelo.

Fomos recepcionados com toda pompa, a noiva teve destaque, fotos e entrevistas a jornais, eu não respondi nada, mas sorri para todas as fotos. Seria a última vez que eu sairia na capa de alguma coisa, era o que eu desejava, eles teriam que usar aquelas fotos para falar de meu sumiço se quisessem. Quando finalmente estava dentro do enorme salão meu noivo veio ao meu encontro, pegou em minha mão me dando um sorriso acalorado, beijou minha bochecha e sussurrou em meu ouvido:

- Tudo isso será seu... Não se esqueça de que se ainda tiver ideias malucas eu consigo ir atrás de você e te encontrar onde estiver, você e eu nos casaremos.

Aquilo me deu calafrios e me fazia tremer com minhas esperanças.

- Estou aqui, não estou? Vou me casar. - eu dizia ainda sorrindo.

Eu podia mentir muito bem se quisesse.

- Que bom. Me parece sincera. - ele disse entrelaçando nossos dedos e entrando comigo no salão principal. - Sente-se comigo e depois vá para a mesa de seus pais um pouco.

- Sim.

Jantei como uma noiva feliz na mesa de Humberto, ele era muito cortês e sabia puxar uma conversa, e eu sabia atuar muito bem em resposta.

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