As férias chegavam ao fim naquela sexta-feira. A sexta-feira em que eu finalmente seria apresentada a meu noivo. Noivo de quem eu pretendia me esconder até completar dezoito anos.
- Amber? Está pronta? Vamos descer. - minha mãe disse aparecendo na porta do quarto.
Eu vestia uma peça única que em cima era mula manca e embaixo calça longa branca e no pé um salto fino. Cabelos soltos e um batom vermelho.
Assenti e lá fomos nós em direção à sala de recepção e ao meu convidado especial, meu querido e que deveria ser amado, noivo.
Cheguei na sala, abaixei o tronco dizendo boa noite e vendo os cabelos castanhos escuros sentado na poltrona ao lado do sofá onde eu sentaria com minha mãe. Lentamente aquela cabeça se virou para mim e os olhos castanhos de tom escuro juntamente com aquele sorriso sedutor me disseram:
- Boa noite, senhorita Rosález!
Humberto Fonseca. Meu diretor. Meu noivo. Eu não podia acreditar.
Por isso seu descaramento em dar em cima de mim apesar de ter uma "noiva", é lógico que sua noiva não se importaria se ele desse em cima dela mesma!
Eu estava muito surpresa e não consegui dizer nem mais uma palavra ao nos sentarmos.
- Não há muito o que eu dizer além de que esse homem não é apenas seu diretor, Amber, é seu futuro marido. Soube que ele pegou muito no seu pé nesses últimos meses, mas isso acaba por aqui, era apenas um teste para ver sua dedicação e diligência e você está mais do que aprovada. Então, vamos esperar a janta enquanto nos conhecemos mais. Pode dizer o que quer dizer, Humberto.
- Ah, claro. - ele disse limpando a garganta. - Bem, me desculpe não ter te contado, mas ainda não podíamos, agora que tudo está devidamente formalizado não há problemas.
Eu gaguejei quase vacilando ao me sentar no sofá, totalmente sem voz e surpresa
- Tu-tudo bem... Jussara pode me trazer um pouco de água? - pedi. - E-eu realmente não fazia ideia... O que te levou a querer fechar negócios comigo... com nós?
Ele sorriu.
- Ótima pergunta. Eu gosto muito da astúcia e inteligência dos Rosález e eu te observei por um tempo e apesar de não ter muito envolvimento social eu pude perceber que isso também havia vindo com você.
A conversa se desenrolou com muita formalidade e nenhuma intimidade. Durante o jantar meu pai e Humberto entraram em uma conversa fantástica sobre charutos e carros, parecia que se conheciam há anos, como se fossem irmãos. Eu e minha mãe ficamos de lado ouvindo e comendo.
- Vocês querem dar uma volta? - meu pai perguntou ao final do jantar.
- Eu adoraria, senhor Bartolomeu. Mas acho que está tarde e Amber deve estar cansada... - Humberto disse como um perfeito cavalheiro.
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Nos Enlaces da Vida
RomanceAos doze anos um doce e inocente romance se desenrola entre a pequena Amber e Nathaniel, seu vizinho, e junto com ele uma promessa: seremos os únicos na vida um do outro, até casarmos. Mas ele vai embora deixando apenas um bilhete, um pequeno bilhet...