Nathaniel foi para nossa antiga cidade a trabalho, agora que ele havia completado dezoito anos ele tinha um cargo de verdade e suas participações nas empresas de seus pais eram muito sérias e reais. Devido a isso não conversávamos muito pelo celular no dia-a-dia, mas em duas semanas fora acabamos conversando até de madrugada por ligação nos dois sábados que passamos longe, apenas contávamos o dia-a-dia que não tínhamos tempo de compartilhar. Ele não havia se declarado para mim e nem eu a ele, mas mesmo assim eu tive muitas saudades de vê-lo todos os dias, não sabia o quanto sua presença era gostosa e o quanto aquela casa parecia sem vida apenas comigo, apesar de não confessar aquilo a ele, eu o esperava ansiosamente naquele dia 16 de fevereiro, não consegui dormir até mais tarde, às sete da manhã eu já perambulava organizando a casa que eu havia faxinado no dia anterior para controlar a ansiedade de vê-lo entrar pela porta da frente outra vez mesmo sabendo que ele só chegaria a tardezinha.
Eu estava na mesa da cozinha quando ouvi o portão ser aberto e ouvi aquele assobio musical ressoar em minhas orelhas, meus olhos não precisaram vê-lo para avisar meu cérebro que era hora de disparar meu coração e me fazer ficar nervosa como se fosse o primeiro dia de aula outra vez, como se fosse a primeira vez que eu o via em anos.
A porta se abriu e sua voz ressoou aos meu ouvidos:
- Boa tarde, é aqui que mora a senhorita Ambrósia? - ele perguntou.
Eu sorri.
- Prefiro Amber...
Ele entrou com aquele seu sorriso que iluminava o mundo junto com a cor dourada de seus cabelos.
- Oi, Nathan... - eu disse me levantando para ajuda-lo com as malas.
Ele carregava uma mala e uma caixa e parecia estar com dificuldade de passar pela porta.Peguei a caixa de suas mãos e a coloquei no sofá, e ele entrou.
- Posso deixar essa mala no seu quarto!? Eu trouxe um colchão dessa vez, mas ainda vou precisar usar aquele banheiro e aquele quarto para me arrumar!
Minha carência me fez choramingar por dentro ao saber que ele não dormiria mais ao meu lado, mas ele estava ali e minha alegria por isso compensava.
- Claro! Tem mais alguma coisa pra trazer!?
- Não! Que bom que da próxima vez que eu viajar já estarei em minha casa assim vai ficar mais fácil! - ele disse indo até o quarto e colocando sua mala lá.
Eu olhava a caixa do colchão, era um colchão inflável de solteiro.
- Por que de solteiro se é acostumado a dormir em camas grandes? - perguntei sem olhá-lo.
- Porque um de casal não caberia na sala... - ele disse do quarto.
- Você poderia por no chão do quarto também...
- Hum... Droga! Não tinha pensado nisso...
Eu ri.
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Nos Enlaces da Vida
RomantikAos doze anos um doce e inocente romance se desenrola entre a pequena Amber e Nathaniel, seu vizinho, e junto com ele uma promessa: seremos os únicos na vida um do outro, até casarmos. Mas ele vai embora deixando apenas um bilhete, um pequeno bilhet...