Capítulo 12

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Helena Almeida

Não consigo deixar de pensar na forma que Artur cuidou de mim durante toda minha crise, eu queria muito que ele não me visse daquele jeito destruída mais era o único que me ajudou o único que me acalmou no meu pior momento, isso me faz repensar em todas as vezes que eu queria matar ele, agora caminhado até minha casa enquanto ele está no carro me esperando entrar só consigo pensar no quão grata eu sou a ele por ter me tirado daquele restaurante, fazia tanto tempo que não via aquele monstro ele sumiu depois de tudo que aconteceu nunca mais tive resposta só alguns ligações que eu não atendia, mais daí um tempo parou e agora ele está de volta e pretende se casar isso não me incomodou o que realmente me deixou mal foi a forma como me olhava os seus olhos com de mel passeava pelo meu corpo e esse seu olhar meu deu nojo e medo.

— Oi filha chegou mais tarde hoje.

— Muito trabalho mãe essa semana foi cansativa pra mim.— Odeio mentir pra minha mãe mas não posso contar pra ela o que realmente aconteceu só preciso descansar um pouco.

— Vai lá tomar seu banho já tô terminando o jantar, seu pai ainda não chegou Allana irar dormi na casa do namorado e não se esqueça amanhã sera o janter de apresentação do namorado.— Minha mãe parece animada com a situação, dou apenas um aceno de cabeça e vou para o meu quarto, tiro minha roupa e vou para o banho preciso relaxar minha cabeça está explodindo, demoro muito no banho que vejo meus dedos todos enrugados saio do banheiro com o som do meu celular tocando era Cadu e eu tinha esquecido completamente que a gente ia sair hoje, mais depois de tudo que aconteceu não quero sair.

— Helena está pronta passo aí pra te pegar.— Vejo empolgação na sua voz e não consigo dizer não.

— Ainda não me arrumei vou me aprontar rapidinho. — Digo indo para o meu guarda roupa pegando uma calça jeans uma blusa preta e um tênis branco não tô afim de me arrumar hoje, termino de me aprontar desço as escadas.

— Mãe vou sair com o Cadu e as meninas tá mais tarde eu janto.— Grito da sala mesmo e sei que ela me escutou quando ouço seu sussurro dizendo tá bom, saio de casa e estranho um carro diferente com certeza não era Cadu mais quando os vidros se abaixa e eu vejo quem ocupa o lugar do motorista meu coração começa acelerar não era possível que Flávio estava ali na porta da minha casa.

— Olá docinho pensou que eu não viria aqui?— Até a sua voz me causa medo não consigo dizer uma palavra se quer o medo estava instalado no meu corpo.— Agora entre nesse carro não tenho a noite toda pra você e acredite nos precisamos conversar.— Minhas pernas começam a tremer sinto que vou desmaia.

— Eu nunca vou entrar nesse maldito carro com você saia daqui antes que eu comece a gritar.— Coloco todo ódio em cada palavra que eu digo.

— O meu amor não torne as coisas mais difíceis sei que sua mãe está sozinha nesse momento ou você entra na droga desse carro agora ou você vai se arrepender o que acha amor.— Sinto meus olhos encherem de lágrimas esse louco está me ameaçando, e o pior como ele sabe que minha mãe está sozinha, estou perdida sem pensar muito entro no carro sei que estou morrendo de medo mais pensar que pode acontecer algo com a minha mãe me dar mais medo ainda é por isso que estou cedendo as suas chantagens. Ele começa a dirigir nem sei pra onde esse louco tá me levando o pânico vai me batendo por saber que ele irar me machucar de alguma forma.

— Pra onde está me levando?— Pergunto chorosa enquanto ele gargalha ao meu lado.

— Estou hospedado em um hotel é pra lá que irei te levar não vejo a hora de ter você só pra mim, espero que você continua intocável porque você sabe que é somente minha não sabe?— Nesse momento não consigo pensar em mais nada quando ele coloca aquela mão asquerosa na minha perna, sinto uma imensa vontade de vomitar, o medo está me deixando apavorada eu só quero fugir daqui, nos aproximamos de um hotel faço questão de gravar um nome, hotel do Leme, ele entra em uma garagem estaciona seu carro ligo em seguida sai e abre a porta para que possa descer, estou tão apavorada que faço tudo que manda, pegamos o elevador e fomos para o quarto que ele diz ser seu, meu coração tá errando as batidas sei que meu fim será agora e tudo que eu consigo pensar é no quanto eu queria Artur aqui mais uma vez me protegendo.

— Ven meu amor esse quarto também é seu poderemos aproveitar muito não acha.— Ele puxa meu braço com uma certa força fazendo meu corpo se chocar ao seu ele me prende pela cintura e começar a beijar meu pescoço, sinto a ânsia de vômito na minha garganta meu corpo treme de medo e só agora percebo que ele ira abusar de min preciso pensar rápido.

— Eu preciso ir ao banheiro antes, me espere aqui já venho.— Tento firmar minha voz para que eu consiga passar alguma confiança pra ele.

— Claro pode usar o do nosso quarto.— Saio apressada da sala entro no banheiro tranco a porta e ligo o choveiro assim ele pensará que estou tomando banho para recebê-lo pego meu telefone e ligo para a única pessoa que pode me ajudar.

— Artur é você sou eu Helena preciso da sua ajuda por favor.— Suplico pelo telefone e tudo que escuto é um barulho alto no fundo.

— Helena o que houve porque está chorando onde você está?— Sinto aflição na sua voz.

— Ele me achou e me ameaçou me trouxe para um quarto de hotel ele quer abusar de min por favor Artur me ajuda né tira daqui.— Falo tudo de uma vez chorando no telefone.

— Merda Helena me diz por favor que sabe onde estão tô indo agora te buscar.— Vejo o desespero em suas palavras.

— Estou no Hotel do Leme o número do quarto 520 vem logo não tenho muito tempo.— Digo e desligo pois escuto batidas na porta.

— Helena abre a porta docinho me deixe tomar banho com você.— sinto asco nojo um ódio por esse homem.

— Já estou saindo só um minuto.— tento esconder minha voz embargada pelo choro, pego um roupão que tem no banheiro jogo meus cabelos na água para que olham passo um creme qualquer para um um cheiro como se eu tivesse mesmo saindo do banho e ele possa acreditar, preciso ganhar tempo.

— Você está tão cheirosa não vejo a hora de te possuir.— Ele começa a beijar minha boca duro de uma forma que sinto o gosto do sangue na minha lingua mais ainda preciso de tempo.

— Pedir nosso jantar hoje será uma noite inesquecível, vou tomar um banho não ouse fugir assim que chegar receba, se você fugir já sabe que não terei piedade quando te encontrar novamente né.— sua ameaça me faz ter calafrios, apenas assinto com a cabeça, Artur por favor chega logo.

Tinha Que Ser Você  Artur Mendonça ( Livro 1 Família Mendonça)Onde histórias criam vida. Descubra agora