Tinha Que Ser Você Artur Mendonça ( Livro 1 Família Mendonça)

Epílogo

Artur Mendonça

Quando paramos em frente a casa da minha mãe, tudo que faço é descer e ir direto para o meu quarto entro no banheiro tiro todas as minhas roupas, dentro do meu palitó estava nossa aliança de casamento.

- Porque Anabela fez isso comigo? - pergunto para min mesmo enquanto analiso as alianças, a gente seria tão feliz, pego as alianças jogo no vaso e dou descarga na medida que elas vão descendo deixo todo meu sentimento ir junto, e a raiva e ódio me dominar.

- Nunca mais vou deixar ninguém mais se aproximar e chegar tão perto do meu coração.- digo para mim mesmo enquanto tomo banho, daqui por diante não deixarei ninguém mais me machucar, saio do box pego uma toalha e me seco enquanto vejo a minha imagem destruída no espelho soco com toda força e vejo os estilhaços se espalharem pelo piso e saio dali com a mão sagrando deito na minha cama e me permito chorar mais e mais até que não reste uma gota se quer de lágrimas dentro de min, não sei quanto tempo passa mais sei que adormeço de tão cansado que estou.

Acordo na manhã seguindo parecendo que passou um caminhão em cima de mim, um não pelo menos uns dez, quando me sento na cama olho para todos os lados e vejo que é o meu quarto na casa dos meus pais só aí cai a ficha do que aconteceu, dói muito sinto meu peito dilacerado, mais não vou ficar sofrendo por isso, me levanto vou para o banheiro faço minhas higienes, tomo um banho gelado meus olhos enchem de lágrimas mas mesmo assim não me permito chorar não mais, termino o banho me seco e visto uma calça moletom e uma camiseta branca decido descer para tomar café, quando chego na mesa do café todos param de falar e olham pra mim, meu pai Eduardo na ponto minha mãe Anna ao seu lado direito meu irmão Antonny a esquerda o caçula Allan ao lado de Antonny, e meus dois melhores amigos Pablo e Otávio, todos me encaram mais não dizem nada.

- Bom dia. - falo um pouco seco para que todos parem de me olhar, todos respondem em ao mesmo tempo me sento e começo a comer sentindo os olhares direcionados a min.

- Vão ficar me encarando ou vocês vão tomar café.- falo ríspido com todos e volto ao meu cafe, não falo mais nada durante o café, quando me levanto da mesa aviso a todos sobre um decisão que tomei.

- Estou saindo de viagem amanhã não tenho data para voltar quero tirar um tempo pra mim e colocar as coisas no lugar até lá não quero falar sobre o dia de ontem e também não quero que ninguém toque nesse assunto, estou deletando essa parte da minha vida e quero que façam o mesmo.- comunico a todos e saio apressado dali e vou para o quarto arrumo uma pequena mala com alguns pertences, não faço ideia para onde vou mas com certeza será fora do Brasil. Opto por ir a Nova York é uma cidade bonita aproveito também por fazer um curso qualquer. Afinal daqui um tempo irei assumir a presidência da empresa de jóias do meu pai, ouço batidas na porta peço para entrar e lá está minha mãe com um semblante cansado e um pouco triste.

- Filho você está bem? - pergunta um pouco ansiosa pela minha resposta minha mãe não tem culpa de nada mais nesse momentos quero paz e ficar sozinho sem ninguém por perto.

_ Eu vou ficar mãe só preciso desse tempo, vou ir pra Nova York fazer um curso e volto assim que der sei que vou assumir a presidência da empresa mais preciso me curar agora.- vou até ela e lhe dou um abraço sei que minha distância vai machucar ela, mais preciso me curar antes de tudo.

- Tudo bem meu filho espero que consiga superar tudo.- ela diz e uma lágrima desse pelo seu rosto e a seco com meus dedos.

- Vou sim, faz um favor pra mim? Vá até aquela casa jogue fogo em tudo e vende a casa não quero nada que tenha lá quero apagar tudo isso.

- Tudo bem farei isso. - ela diz saindo e me deixando ali sozinho com meus pensamentos passo o dia todo no quarto, almoço no quarto e também peço para que tragam meu jantar no quarto não quero e nem pretendo conversar com ninguém agora, fico satisfeito de todos entenderem meu lado.

Acordo no outro dia mais cedo do que eu imaginava pego minha mala e saio de casa sem me despedir de ninguém não quero que chorem por min ou diz que vai ficar tudo bem, só quero sair desse lugar que me sufoca, chego no aeroporto quase atrasado entro no avião e assim deixo para trás o Artur bondoso com todo mundo, compreensivo, aquele que faz tudo pela felicidade dos outros e nunca pela minha, só que agora eu serei o Artur que irá pensar em min primeiro antes pensar na felicidade dos outros, pois eu não deixarei que ninguém mais me humilhe ou pise em mim.