Capitulo 4 - A briga

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Eu estava no banheiro morrendo de raiva. Não tem como as duas não terem absolutamente nada. Eu estou a 6 meses com a Ester, já conheço o suficiente para saber que ela esta me escondendo algo.

De repente meus pensamentos são interrompidos quando a porta do banheiro se abre.

- O que você quer? - pergunto a Ester ao vê-la entrar.

- Conversar. - disse se aproximando. - Você sabe que não precisa ter ciumes. Eu te amo pimpolha. 

- Sabe que não gosto que me chama assim. Me fala a verdade, você já teve algo com a Linda antes?

- Não meu amor. Linda e eu somos apenas amigas. E eu não te falei nada sobre ela antes  porque ela é irrelevante. 

Ester me surpreendeu com um leve beijo nos lábios. Quando estou perto dela, sentindo o seu toque, parece que as coisas mudam, eu me torno a pessoa mais realizada do mundo.

Assim que nos afastamos já estava mais calma. Nos dirigimos até a sacada novamente. 

Fui conversar com o Evandro. Ele logo me trouxe um copo de gim. Ele ama me embebedar.

- Ia. Corre aqui, nossa musica favorita. - disse Evandro me puxando para perto. 

- You're my river runnin' high, run deep, run wild. I follow, I follow you, deep sea baby, I follow you. I follow. - gritavamos eu e Evandro como se aquele fosse nosso ultimo dia.

Quando a musica terminou desci as  escadas até o restaurante. Quando estava perto de nossa mesa, vi Ester e Linda abraçadas. Não pensei duas vezes e fui até elas.

- Larga a minha mulher agora. - disse empurrando Linda para longe. 

Antes que ela pudesse levantar, subi em cima dela acertando-na  vários tapas.

- Solta ela agora sua louca. - gritou Ester  - Você sempre faz essas coisas. Estou cansada do seu ciumes. Some da minha vida.

-  O que você disse? - perguntei, saindo de cima de Linda.

- Disse que estou cansada de você. Seu ciume me sufoca. Eu não aguento mais. Vai embora. Por favor.

Olhei encrédula para Ester, mas resolvi sair. Tirei meus sapatos e fui em direção a porta. Ao sair percebi que  todos os olhares estavam voltados para mim. 

Eu não iria deixar que ela acabasse com a minha noite. Se ela quer ficar com a Linda, fique. Eu não tenho porque me rastejar por ela.

Dois quarterões acima, havia um bar. O boom blash. Fui para lá e dancei a noite inteira.  

Quando deu 1:20 da manhã, senti um aperto no peito. Eu não entendi o que estava acontecendo, mas era algo insuportável. 

Fui para a rua e chamei um taxi. No caminho passamos por uma avenida que estava congestionada, um pouco mais a frente tinha acidente, tinha viaturas e ambulancias no local. Deve ter sido grave. Pedi ao motorista para cortar caminho pelo central park, queria chegar logo.

Cheguei em casa, tirei o vestido e deitei no chão da sala. Lembrando da briga que tive com Ester, comecei a chorar. Eu sabia que tinha que mudar. E eu iria. Não podia perdê-la, não daquele jeito. Amanhã irei até a casa dela me desculpar.

Acordei com o celular tocando sem parar. Notei que estava na sala de casa. Apenas de calcinha e sutiã. Olhei no relógio. 7 horas. Meu celular tocou novamente. Resolvi atender.

Eu não sabia, mas parte do meu mundo iria partir naquele momento. 

Meu último adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora