Capitulo 11 - Será que já nos conhemos?

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De dentro do carro, vi Iara se escorar na parede. Abri a porta e fui até ela.

- Esta se sentindo bem? - perguntei preocupada. - Vi quando escorou na parede.

- Estou. Só me deu uma tontura repentina. Mas, esta passando. - respondeu Iara.

- Venha eu te ajudo.

Ajudei Iara até o carro. Durante o caminho, lembrei o quanto fui inconveniente ao perguntá-la sobre sua namorada. Eu nem a conheço direito.

- Leandra, vamos voltar para casa? Acho que a Iara não esta muito bem. - falei com minhã irmã.

- Vamos, entra. Já estava esperando vocês. - falou Leandra já no volante.

- Não. - gritou Iara. - Já estou melhor. Foi só uma tontura.

- Tem certeza? - perguntou Leandra.

- Sim. Vamos.

Entramos no shopping. Iara parecia melhor.

Ela e minha irmã pareciam duas loucas. Não podiam ver um brinquedo de criança que corriam para pegar. Enquanto as duas se divertiam pude ver o quanto Iara era encantadora. O seu jeito tinha um ar doce e rebelde ao mesmo tempo.

A 2 meses atrás,  terminei com minha namorada. Peguei ela me traindo no sofá da sala com a minha melhor amiga. Naquele dia jurei nunca mais me apaixonar outra vez. Mas, vendo Iara sorrindo e brincando daquele jeito, fez com que eu sentisse borboletas no estomâgo. Mesmo sabendo que ela perdeu a namorada a pouco tempo, eu não consegui segurar aquela sensação. Foi como se a muito tempo eu esperasse por ela.

Eu faço parte de um centro espirita chamado vidas conectadas. E desde então sou muito focada nesta coisa de ligação com pessoas que não conhecemos. Naquele momento a única coisa que conseguia pensar era que eu tinha alguma ligação com Iara. Não era possível aquela sensação não ser nada.

Me despertei dos meus pensamentos e fui até elas. Pegamos ingressos para ver o gato de botas 2. Tentei escolher outro filme, mas as duas eram incontroláveis.

Compramos pipocas, hamburgueres e refrigerantes. Entramos na sala do cinema e em poucos minutos o filme começou.

- Nossa! O filme me surpreendeu. No início não dava nada. - comentou Iara enquanto saíamos da sala.

- Verdade. Achei aquele lobo assustador. - comentou Leandra.

- Ah gente. Ela ficou com medinho. Quer que a irmãzinha te pegue no colo? - ironizei.

- Chata. Vou te dar umas porradas. - sorriu Leandra. - Meninas, adorei o dia com vocês. Mas, estou exausta do dia de hoje. Vamos?

- Sério? Queria ir no barzinho perto da minha casa. - comentou Iara.

- Sabe que não nego um pedido seu, mas eu preciso descansar. Vai com a Li. Se ela quiser, claro.

- Vou sim, preciso sair mais. Tenho ficado muito em casa. Você não se importa? - perguntei para Leandra.

- Não irmã. Pode ir. Se divirta. Se não for voltar pra casa, me manda uma mensagem. Eu amo vocês.

- Olhaaaa. - gritou Iara. - Eu te amo Lea. Que gracinha!! Primeira vez que diz isso.

- Não sou muito dessas coisas. Sou uma pessoa seca e fechada. - disse Leandra.

- Até parece. É uma manteiga derretida e super sentimental. Seu ascendente em câncer fala mais alto. - disse sorrindo.

- Nojenta. Preciso ir. Beijos.

Leandra foi embora. Iara e eu pedimos um táxi e descemos a duas quadras de sua casa. Fomos ao boom blash. Um bar que Iara frequentava.

Meu último adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora