Capitulo 13 - Ester?

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Acordei com uma tremenda dor de cabeça. Lembrei da noite de ontem e do quanto me diverti. Lizandra era linda e tinha um beijo que meu Deus. Espera, cadê ela? - pensei. Em cima da escrivaninha havia um bilhete, ela me escreveu agradecendo a noite anterior. E eu espero que se repita. Já está na hora de seguir em frente.

Levantei esticando meu corpo, fui em direção ao banheiro para tomar um banho, seguindo minha rotina matinal.

Ao chegar na cozinha senti um perfume diferente. Parecia de... rosas brancas. As que estavam em casa, eu já havia jogado fora, pois murchou. Tem algum tempo que vem acontecendo coisas um pouco fora do comum, mas não dou tanta importância. Mas, agora, estava ficando cada vez mais constante. O perfume das rosas estava intenso, mas resolvi deixar para lá.

Ao chegar no quarto para vestir minha roupa, senti um arrepio na espinha. Aquilo foi o suficiente para mim, então peguei o telefone e disque para Lea.

- Oi Lea, está me ouvindo? - chamei aflita.

- Estou, aconteceu alguma coisa? - perguntou.

- Sim e não. Lembra que me disse que já conversou com gente morta?

- Lembro sim, mas eu estava brincando. Aconteceu alguma coisa?

- Você pode vir aqui em casa?

- Agora? - questionou Leandra.

- Não. Eu vou até você. Sabe onde fica o restaurante Vó Anita? Perto do meu escritório?

- Conheço.

- Me encontra lá em 20 minutos. Pode ser?

- Não poderia dona Ia. Estou no meio de um acordo. Mas, estou vendo que precisa de mim. Vou em 30 minutos. Está bem?

- Fechado.

Desliguei o telefone e comecei a pensar no que poderia estar acontecendo. Isso nunca tinha acontecido antes. Depois do falecimento de Ester, a cada mês isso só vai se intensificando.

Terminei de me vestir e saí. O restaurante ficava a 10 minutos de minha casa. Então cheguei antes do previsto.

- Deseja alguma coisa senhora? - pergunta o garçon.

- Pode ser o prato do chefe. Quero dois por favor.

- Bebida?

- Um suco de laranja.

- Anotado. Com licença.

Uns 20 minutos depois Leandra chegou.

- Oi Ia. - disse me dando um abraço apertado.

- Oi Lea. Como é bom te ver!

- Vai me conta, o que houve com você. - disse enquanto se sentava e dava uma olhada no cardápio.

Contei a ela todos os acontecimentos dos últimos meses. Da forma como as coisas iam se intensificando mais e mais.

- Nossa, estou surpresa com o que disse. Eu não sei muito o que dizer. Mas, acredito que seja algo ligado a Ester. Principalmente pela forma como as coisas se intensificaram depois das alianças.

- Eu não queria acreditar nisso. Para mim, parece impossível.

- Amiga, muita gente acredita que as coisas só vão até certo ponto, mas se enganam. Nossas vidas tem um sentido além do que imagina.

- Pode ser. Mas, como faço para isso parar? Eu estou tentando seguir, deixar Ester no passado. Para mim, foi muito difícil enfrentar a culpa de sentir que fui eu a responsável por sua morte. - disse já com lágrimas nos olhos.

Leandra se levantou e me envolveu em seus braços. Eu estava com uma sensação estranha. E eu não podia me deixar levar. Não de novo.

Meu último adeusOnde histórias criam vida. Descubra agora