Capítulo Um -
Naquele Beco Sujo.Stiles andava a pé pelas ruas de Beacon Hills, seu Jipe havia quebrado há alguns dias e ainda não tinha sido totalmente consertado. Não arriscaria andar no automóvel sabendo das toneladas de fita que passava pelo motor nas tentativas falhas de consertá-lo por conta própria. Se impressionava com a demora do jipe, finalmente, quebrar.
Por ser próximo a uma avenida bastante movimentada, era possível ouvir o barulho dos carros ao fundo, porém a rua onde se encontrava estava deserta e aquilo lhe lembrou bastante uma cena de terror, ainda mais quando começou a ouvir um choro sofrido de um bebê.
Acabou por soltar um breve e super másculo grito abafado por conta do susto, recuperou sua alma e olhou na direção do som sendo um beco escuro entre dois prédios altos.
O menino pensava se foi algum morador que abandonou a criança, se ela realmente existisse e não fosse somente um delírio seu, o que era bem provável já que fazia um tempo que não tomava seus remédios de forma correta.
Caminhou cautelosamente para dentro do local enxergando com a ajuda da fraca lanterna de seu telefone. O Stilinski observou um pano cinza que talvez fosse branco, mas por conta da sujeira de onde se encontrava, acabou por ficar cinza; se mexendo e o som do choro parecia sair dali, se aproximando mais teve a certeza de ser um bebê de verdade. Não estava louco, afinal.
Sua pele era clara como a neve e pelas poucas e breves vezes que abria os olhos dava para ver um azul ou verde, era dificil pois o bebê se mexia muito. Talvez estivesse agoniado por estar com fome e sujo.
Sem saber muito bem o que fazer, resolveu pegá-lo nos braços e levar para fora daquele beco imundo, onde tinha uma iluminação relativamente melhor. Porém a partir dali não soube para onde levar o pequeno, talvez para a delegacia? O departamento saberia lidar com um bebê abandonado? E se falasse com seu pai antes?
Indeciso e perdido, resolveu seguir seu caminho para casa.
Algum tempo depois, o neném parou de chorar e passou a observar o rosto do homem que lhe carregava com tanta cautela.
— Parou de chorar, neném? — Perguntou de forma retórica olhando para o pequeno ser que carregava nos braços, os olhos verdes brilhavam. — Seus olhos são lindos. — Passou o dedo indicador pelo nariz do pequeno que riu segurando a mão gigante.
•••
Abriu a porta de casa sem nem se preocupar pois o xerife Stilinski faria hora extra na delegacia e possivelmente só voltaria na manhã do dia seguinte.
Stiles decidiu por ficar, por enquanto, com a criança já que não sabia o que os policiais poderiam fazer com o bebê, teve medo do pequeno acabar na mesma situação em que fora encontrado.
O garoto subiu direto para seu quarto, colocou o neném no meio de sua cama, pegou alguns travesseiros para firmá-lo na cama e não ter o risco de cair. Foi até seu guarda-roupa, pegou uma blusa de manga deixando-a em meio a cama bagunçada.
Voltou ao bebê e retirou o pano que o enrolava. Ele não estava machucado, apenas sujo, o que fez Stiles suspirar aliviado.
O Stilinski pegou o pequeno e o levou ao banheiro, ligando a água da banheira.
O bebê continuava observando Stiles, esse que deu um sorriso de lado para ele em seus braços e deu um dedo para ele brincar, o mesmo aceitou sem reclamações.
Enquanto a banheira enchia, o celular de Stiles tocou e ele, com um suspiro, foi atender ainda com o bebê nos braços.
Era Scott.
— Boa hora para ligar, queixo-torto. — Disse sarcástico ao atender o telefone voltando ao banheiro, Stiles apoiou o celular entre o ombro e o maxilar para desligar a banheira, não queria encher demais.
— Queria te pedir uma coisa. — Deu uma pausa, Stiles segura o celular com a mão novamente, voltando ao quarto sentando-se na cama. — Pode ir na biblioteca hoje me ajudar num trabalho de biologia? — Pediu receoso, com um suspiro Stiles afirmou.
— Também preciso te contar uma coisa e talvez uma ajudazinha. Nos vemos daqui a pouco, queixo-torto. — Avisou se apressando em desligar sem dar tempo para uma resposta.
Voltou ao banheiro, caminhando até a banheira onde colocou primeiro os pés do pequeno na água morna e quando não houve reclamação pôs ele dentro sentadinho.
Tomou cuidado enquanto lavava o garotinho, tirando qualquer sujeirinha que tinha naquele corpo frágil. Notou algumas assaduras nas dobras de suas coxas gordinhas, o que fez Stiles sentir raiva de quem abandonou o menininho.
Stilinski se pegou pensando em como contaria ao seu pai sobre. Não queria entregá-lo para as autoridades mas não poderia ficar com ele, ainda era menor de idade e estudava a maior parte do tempo.
Depois de pouco tempo, retirou o de olhos claros da banheira e o enrolou numa toalha branca que estava pendurada num gancho na parede.
O bebê ria de qualquer coisa e o outro acompanhava por nenhum motivo. Enquanto secava o outro, Stiles passou a toalha por baixo dos braços fazendo-o rir e os contrair.
— Sente cócegas? — Perguntou curioso sorrindo repetindo o movimento fazendo o neném gargalhar mais uma vez, agarrando sua mão para que parasse.
Stiles poderia explodir com apenas aquele som.
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Baby Boy. - Sterek.
FanfictionOnde Stiles sai para uma caminhada a noite e acaba encontrando uma surpresa muito fofa que transforma sua vida drasticamente.