Bacon.

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Capítulo Quarenta e Um -
Hambúrguer de Bacon.

Anthony não demorou a acordar depois da gritaria e do odor de tristeza que saía de seu papai Stiles.

O Stilinski achou melhor ir pra sua casa, deixar o Hale de folga mesmo com a relutância, Derek percebeu que não era para o bem dele e sim para o bem do Stiles.

Estava no sofá da casa Stilinski com Anthony em sua barriga brincando com seu rosto, o Stilinski estava se sentindo melhor, mais calmo.

O xerife não estava em casa aquele horário mas Stiles desconfiava que ele logo, logo ele chegaria.

– Stiles! – A voz de Noah subiu alguns agudos pelo susto ao ver o filho e o neto no sofá da sala, o xerife se lembrou do que trazia na sacola de papel e tratou de esconde-la atrás do corpo ato que não passou despercebido por Stiles que estreitou os olhos.

– Pai. – Disse desconfiado, Noah arregalou os olhos antes de correr para a cozinha sendo seguido por Stiles que caminhou apressadamente com Anthony no colo.

Poderia ter arrumado um cantinho na sala para o menor dormir mas o adolescente queria o filho perto de si e isso não era nenhum crime - e ele sabia bem de crimes.

O xerife tentava esconder a sacola atrás de uma caixa de cereal no armário quando Stiles limpou a garganta atrás de si.

– E é assim, filho, que não se deve esconder algo. – Comentou apontando para Noah que apenas desistiu e deixou a sacola na bancada se virando para o Stilinski que sorriu estendendo uma mão.

– Isso é mesmo necessário? – Perguntou olhando da mão para o rosto do filho que apenas concordou com a cabeça, Noah bufou e entregou a sacola para Stiles que sentiu o cheiro do hambúrguer super gorduroso.

– Hambúrguer de bacon, pai! – Exclamou de repente assustando seu pai e seu filho, Anthony em reflexo brilhou os olhos encarando o Stilinski que virou para o menininho piscando o dourado dos olhos, Anthony então começou a chorar pelo susto.

•••

Derek ficou emburrado pela decisão de Stiles de ficar com o pai mas respeitou que o garoto precisava de um tempo longe de si.

Ainda era de tarde, o Hale ficou um tempo sentado no sofá pensando no que poderia fazer e resolveu dar uma repaginada no loft ou quase isso.

– Como disse antes, eu sou pai e essa casa não tem nada de uma casa de pai. – Pensou alto negando com a cabeça e as mãos na cintura.

Foi andando até a cozinha vendo se havia café na garrafa térmica, confirmando, colocou um pouco numa caneca e botou algumas colheres de açúcar logo voltando a sala e se sentando no sofá mais uma vez.

Derek pegou o telefone e ligou para a imobiliária que havia comprado o terreno Hale, a conversa foi agradável, o homem do outro lado da linha era simpático e entendeu que as lembranças daquele lugar só poderiam pertencer a um dono. O Hale achou a conversa meio fiada mas prometeu devolver o dinheiro do bom homem.

O lobo já havia sua antiga mansão de volta, agora era arquitetura e a obra final, depois partiria para a mobília e isso ele deixaria exclusivamente para Lydia, aquilo animaria a garota, com certeza.

Derek terminou de beber o café enquanto procurava números de arquitetos e de pedreiros adicionando-os a sua lista telefônica, querendo que se lembrasse depois de ligar para eles. Se levantou indo deixar a caneca na pia, voltou a sala e caçou as chaves de seu carro.

No carro, dirigiu até o centro procurando por uma loja de móveis, encontrando alguns minutos depois chegar na rua principal. Estacionou o carro pela calçada e seguiu para a loja.

Se Lydia precisasse mais tarde de outros móveis não se incomodaria em comprar, mas por hora ele precisava de algumas coisinhas.

– Boa tarde, no que podemos ajudar? – Uma senhora beirando os cinquenta anos perguntou de forma sorridente, Derek olhou em volta e não conseguiu desviar o olhar de um berço de madeira escura.

–Aquilo serve para um bebê de quase nove meses? – Derek perguntou apontando para o objeto, a mulher seguiu sua mão e sorriu.

– Então o senhor é papai, bom, estudos dizem que até os três anos é recomendado. – Informou sorridente, o Hale lhe olhou e voltou ao berço, logo olhou ao redor e viu ter muita coisa que precisaria comprar.

– A senhora poderia pegar um caderno? – Perguntou receoso e viu o sorriso da senhora se alargar mais, a bochecha dessa mulher vão se rasgar.

•••

Jenna estava entrando em um desespero interno, o homem não ia embora, já havia acabado com a garrafa de café e agora assistia TV como se a casa fosse sua.

Liam ainda não havia descido para comer alguma coisa e aquilo era mais uma coisa que preocupava a mulher.

E logo mais seu marido, Davi, chegaria e não sabia o que poderia acontecer caso o Geyer reconhecesse o homem. Seu marido era fraco comparado ao alfa na sua sala mas era destemido quando o assunto era proteger sua família.

– Ennis, pela divindade, diga logo o que quer e vá embora. – Exclamou gesticulando com as mãos, o homem observou a movimentação e ergueu uma sobrancelha sorrindo de lado.

– Está com pressa, querida? Ou estamos com medo de seu marido, Davi Geyer, me encontrar aqui? – Foi sarcástico apoiando o rosto numa mão, a mulher começou a respirar ofegante, só queria que aquele homem fosse embora. – Não se preocupe, querida, eu vou embora.

A Geyer não conseguiu segurar o suspiro de alívio e viu o sorriso debochado aumentar.

– Mas não relaxe, estarei lhe observando, gravarei a rotina, sua e a de seu filho, pegarei vocês desprevenidos e seu marido nem suspeitara de nada. – Informou fazendo a mulher estremecer e dar passos para longe do homem que apenas se virou e foi embora sumindo pela rua.

– Quem era ele, mãe? – A voz de Liam fez Jenna correr até seu filhote o abraçando fortemente.

Baby Boy. - Sterek.Onde histórias criam vida. Descubra agora