Rugir.

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Capítulo Cinquenta e Dois -
Ironia do Destino.

Lydia abriu os olhos, o teto a sua frente não parecia do hospital e onde estava deitada não parecia um colchão macio.

A ruiva se sentou e olhou envolta, estava num tipo de estacionamento estranho, em cada pilar tinha uma aljava de flechas mas apenas uma havia um arco do lado, Lydia caminhou até ela e sentiu o peito doer vendo o quarto de Allison.

O quarto tinha o cheiro dela, estava todo bagunçado do jeito que a Argent deixava, numa cômoda de cabeceira tinha um porta retrato com uma foto de Lydia e sua cachorra Prada, ao lado uma flecha banhada em prata.

A Martin não poderia passar da porta ou iria desabar em lágrimas e mal sabia onde estava.

Ela voltou para trás e olhou novamente ao redor encontrando o óculos que sua mãe costumava usar espalhado pelo chão, vários do mesmo óculos, inclusive a ruiva pisava em um mas ele não quebrou, tentando pisa-lo percebeu que não dava pra quebrar.

– Que coisa bizarra, onde será que eu tô'? – Murmurou entretida com o óculos inquebrável.

O estacionamento parecia familiar, mas os detalhes nele era novidade.

– Está no seu sistema sobrenatural, querida. – a voz envelhecida era reconhecida pela ruiva que virou rápido na direção da voz vendo sua falecida avó.

– Mas que porra-

– Olha a língua Lydia Martin! – Repreendeu encarando de forma irritada a ruiva e logo voltando a encarar o jogo de dama a sua frente.

– Desculpa vovó. – Pediu e hesitante se aproximou do tronco pela metade. – Mas o que eu estou fazendo aqui? De novo? – Resolveu perguntar, a mais velha riu.

– Você sabe muito bem o porquê, seu amigo tagarela já te falou minha querida. – Explicou mexendo numa pesa, Lydia se sentou no tronco e olhou para o jogo.

– Então como eu recupero os meus poderes? – Perguntou mexendo uma das peças.

– É simples, seu alfa deve rugir para você. – Informou mexendo outra peça, Lydia uniu as sobrancelhas confusa.

– Derek não é mais alfa e por que rugir pra mim? Isso parece perigoso. – Comentou analisando o tabuleiro e logo fazendo uma jogada arriscada, a mais velha sorriu.

– É para ser perigoso, e não é do Hale que estou falando. – Informou comendo uma das peças da Martin mais nova que resmungou. – Ele precisa de você para evoluir e você precisa dele para voltar a ser você. – Anunciou deixando a peça comida do lado de fora do tabuleiro.

– Então ele só precisa rugir pra mim? – Indagou se sentindo cansada repentinamente.

– Sim, minha Lydia.

A visão da ruiva começou a ficar turva, seu corpo se arrepiou num calafrio e logo tudo estava preto.

Piscou algumas vezes para se acostumar com a claridade do quarto de hospital. Ouvia de forma abafada a voz de Stiles falando com alguém por viva-voz.

•••

Melissa subiu no quarto para dizer que havia gente no estacionamento esperando Stiles mas ficou surpresa ao ver Lydia de pé e aparentemente bem mesmo que com a máscara cirúrgica descartável.

– Mocinha. – Chamou confusa e preocupada com a ruiva que apenas riu e terminou de se arrumar.

– Eu tô' bem, sei como recuperar meus poderes. – Explicou e tudo ficou mais confuso para a médica que encarou Stiles em busca de esclarecimento.

Baby Boy. - Sterek.Onde histórias criam vida. Descubra agora