diversão

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Me sentia acolhida, como se estivesse numa grande pilha de travesseiros daqueles filmes de princesa. Percebi que estava em um sono não tão profundo e preguiçoso.
As mãos de Childe fizeram um leve carinho nas minhas madeixas e após isso apenas saiu da cama, não abri os olhos. Estava com preguiça demais para levantar, e tenho total certeza de que quando eu colocar os pés no chão vou cair por estar com minhas pernas bambas.
Eu resolvo voltar a dormir.

— eu não pude ligar ontem. — a voz de Childe ecoou no quarto. — os caras fizeram uma festa, tá tudo uma bagunça.

— "eu estranhei você não ligar." — a voz de uma mulher o respondeu. — "estou fazendo o café, Teucer disse pra fazer torradas de canela."

— minhas preferidas. — eu nunca pensei que Childe fosse gostar de algo tão simples, mas tenho certeza que ele come muita coisa recheada de açúcar. Todo dia no café ele pede algo extremamente calórico.
Me faz perguntar como ele mantém aquele abdômen, se eu não correr viro uma linda bolinha. Isso é injusto.

— "Tônia está tão ansiosa!" — a mulher fala animada, acho que seria a mãe de Childe.

— hm? Pelo o que?

— "pra conhecer sua namoradinha!" — ela ri, parecendo contente. — "você nunca levou uma namoradinha pra nós conhecer, meu garotinho do meio está crescendo!"

— M-mãe a Lumine é apenas uma amiga.

Por instinto, assim que escutei meu nome me sentei na cama rapidamente, assustada por achar que estava balbuciando aquela conversa. Mas ao olhar para frente me deparo com dois ruivos com a boca em um perfeito "o" me encarando, olho para baixo e só assim vejo que só estou de sutiã — a única coisa que vesti ontem para não ficar totalmente pelada. — puta que pariu quero me matar de vergonha.
Finjo desmaio e caio na cama, me cobrindo por inteiro.

— "amigos, é?" — a voz da mulher se torna presente após um longo minuto.

— depois eu posso explicar, tchau mãe beijo! — apressado o ruivo desliga a chamada, e respira fundo.

Os passos dele se aproximam da minha grande muralha de edredons, e para bem a minha frente. Tiro minha cabeça para olha-lo.

— já começamos o dia de forma caótica. — ele ri. — vamos loirinha, pare com essa cara.

Franzo o cenho, olhando para ele fervendo. Mal podia explicar o que acabou de acontecer, como ele não pensou na possibilidade de que eu poderia simplesmente me levantar e sair andando nua mostrando a minha preciosa florzinha?!

— idiota. — foi tudo que pude falar antes de me levantar e começar a juntar as roupas espalhadas.

— Awww você é tão fofinha. — ele fala enquanto arruma a cama. — vamos fazer algo legal hoje?

— transar? — pergunto na lata pensando em segundas intenções, mas na realidade não estou nem um pouco interessada.

— loirinha pervertida! — ele diz, tampando sua própria boca e fechando os olhos, fazendo um draminha. — posso repensar se você quiser isso, ainda tenho muita energia.

— eu passo. — o olho com desdém tateando a pequena cômoda ao lado procurando pelo meus smartphone. — mas diz, o que tá pensando?

— tava pensando num jantar, ou sair pra ficar vagabundando no shopping. — ele diz chegando ao meu lado.

— por que isso do nada? — perguntei, curiosa.

— o contrato oras, te ajudar nos bagulhos de namoro. — childe diz, parecia que tinha lhe ofendido e eu ri muito.

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