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— Deus, isso foi engraçado. — eu limpava as lágrimas de risos nos cantos de meus olhos.

estávamos sentados no pequeno degrau na frente da casa, depois de uma situação complicada e vergonhosa. Aether resolveu tomar um banho e cozinhar algo para nós três.
Estava tão esquentadinho que seus ombros ficaram vermelhos e manchados.

— fiquei com o cu na mão Lumine. — ele colocou a palma em seu peito, respirando fundo. — explicar toda nossa relação foi complicado, mas agradeço por não ter sido seu pai.

— pelo menos seguramos a farsa por um bom tempo. — lhe disse.

levantei em um pulo e bati meu vestido, estava com frio, já eram agora quase cinco horas da tarde, já fazia um tempo desde de manhã. Iria chamar Childe pra entrar se não fosse pelo meu irmão atravessar pela porta com aquelas camisas de vácuo pra exercícios e um suéter do time. Eita, hoje tinha treino.

— Tem umas panquecas alí em cima da mesa, doces.

— caramba hoje tem treino! — Childe ficou desesperado. — os caras vão me arrebentar hoje.

— por que?

— fuji da faxina!

começamos a rir muito da situação, coitado.

— Lumine, pega as panquecas e leva pra viagem, o treinador quer falar com você.

— comigo? por que?

— nem eu sei. — confessou. — só falou comigo por SMS e queria conversar com você.

— ah, sim.

— tem casa não? — meu irmão provocou o ruivo.

— Jajá podemos até compartilhar o terreno, o que acha? — retrucou com um sorriso sedutor.

Minhas bochechas ficaram quentes, bati nelas umas três vezes. Precisava pensar mais que tudo apartir deste momento, a conversa puxou mais pra um lado romântico do que a proposta inicial: me ajudar com o trauma, e o beneficiar. Com a chegada de Dainsleif, mesmo sem saber qual motivo de sua vinda, me fez ficar mais alerta sobre. Não podia baixar a guarda, o conheço muito bem pra saber que toda sua gentileza inicial não passa de um planinho.
Abri a porta e corri em direção ao banheiro, tomei o banho mais rápido que já tive em minha vida e tratei de colocar uma roupa confortável e quente, já que teríamos contato com gelo, estaria mais frio do que agora.
Desci as escadas deslizando pelo corrimão peguei uma mochila e embalei as panquecas que meu irmão havia feito, lambendo o resto do mel que havia ficado em minha mão.

— vamos. — saí da porta avisando os dois, que estavam me esperando á um tempo.

Childe ligou seu carro e corremos até o centro de patinação.

...

Assim que coloquei os pés, passando pelas portas de vidro automáticas, senti meus braços arrepiarem, tratei de baixar as mangas do casaco e puxar o capuz um pouco mais perto de minhas bochechas. Childe e Aether correram para o vestiário e eu fui para o lado oposto Dali, indo em direção a pista depois de falar com a recepcionista.
Escolhi a terceira fileira, onde ficavam os aquecedores abaixo delas, observando o time conversarem seriamente sobre algo. Peguei as panquecas da bolsa e comecei a devora-las tediosamente.

— ora se não é a irmãzinha do Aether! — o treinador acenou para mim.

todos os outros começaram a acenar também, bem, antes que Childe chegasse. Ao verem o ruivo entrando na pista, trataram de lhe dar uma rasteira em grupo, sua bunda saiu deslizando até uma das quinas. Não aguentei não rir.

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