capitulo 41 Epilógo1

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Anastacia

Um ano e alguns meses depois.

Gail agarrou uma pequena flor que estava no chão do jardim
e esticou o braço gordinho para a avó, Grace. Minha sogra sorriu,
fazendo um charme de que estava encantada e aceitou. Zara estava
no colo do avô, apontando para os pássaros que voavam em
conjunto, de uma árvore a outra. Uma adorava andar e ser
independente, a outra amava ser carregada e mimada. Elas eram o
centro das nossas vidas e exigiam muita atenção.
Virei meu rosto e observei Ethan sentado com Moana,
brincando com alguns galhos e ainda mais longe, Cristhian andar
abraçado com Charlotte. Ela chorava e meu coração doeu pela
maneira que minha cunhada estava sofrendo. Ela não queria abrir,
por ser teimosa, mas Cristhian simplesmente soube o que havia de
errado com a irmã pela ligação maluca que eles tinham.
— Você vem conosco, mamãe? — Grace me chamou e
levantei, pegando a outra mãozinha de Gail e fomos andando
devagar.
Minhas filhas trouxeram a união que a família inteira precisava.
Meus pais decidiram se aposentar e tinham mais tempo para estar
em Rainland comigo e com Adriana. Aline estava feliz em Nova Iorque
e não pretendia se mudar, só não insistia que meus pais viessem
morar perto para que ela não ficasse sozinha na cidade. Ela
também precisava deles, eu tinha uma rede de apoio enorme.
Adriana estava exultante com o sucesso dos empreendimentos.
Ela abriu mais um restaurante com o investimento de Alicia. Eu

ainda me perguntava como duas forças da natureza conseguiam
trabalhar juntas, mas a parceria dava muito certo. Ford era o ponto
de equilíbrio e eu acreditava que o irmão dele, que passou a ficar
muito tempo em Rainland, tinha a ver com o sorriso de orelha a
orelha que minha irmãzinha de cabelos coloridos ostentava.
Ela não era do tipo de dar rótulos a um relacionamento. Eles
deveriam estar transando e sendo felizes sem preocupações.
Aquela fase havia passado para mim. O casamento era uma
montanha-russa de emoções, problemas e filhos eram uma adição
incrível aos choques do dia a dia. Cristhian e eu tínhamos tantas
coisas a fazer com o trabalho, elas tomavam nosso tempo e houve
um período que ficamos meio esquisitos um com o outro. Não durou
muito tempo. A força que nos uniu inesperadamente, deu um
jeitinho de nos ligar de novo e prometemos nunca mais permitir que
a rotina nos afastasse.
— Você vai ficar bem com a vovó? Vai? — Beijei a bochecha
de Gail.
— Elas vão ficar bem, pode ir tranquila — Grace garantiu.
Em alguns finais de semana, as meninas ficavam com os avós.
Carrick e Grace simplesmente não nos chamavam para nada.
Passavam o dia ou ficavam para dormir. Era a folga maravilhosa em
que Cristhian e eu conseguíamos simplesmente colocar as malas no
carro e fugir. Coloquei todas as melhores peças para enlouquecer
meu homem na mala.
— Está pronta, linda? — ele chamou da sala. — Taylor e eu já
terminamos.
— Pode vir buscar as coisas.

A primeira vez que saímos, eu chorei o caminho inteiro por
estar longe delas e voltamos no dia seguinte pela manhã. Não
aguentei ficar longe das meninas e nem ele, depois, fomos testando
aos poucos e até fizemos viagens a trabalho sem elas, o que ajudou
a lidar com a distância. Tudo entre nós aconteceu tão rápido que eu
demorei a voltar a me sentir mulher, não somente mãe.
Esperei que ele se distraísse guardando as roupas, para tirar
da minha mala o que iria vestir para atentá-lo. Na frente do espelho,
ajeitei o sutiã rosa escuro e amarrei as tiras da calcinha, me
envolvendo no roupão de cetim curtinho. Prendi o cabelo no alto,
tirei toda maquiagem e desci antes dele. Separei os vinhos, queijos
e coloquei música.
Por coincidência, Cristhian entrou quando tocou a mesma
música que tocou no nosso casamento. Ele riu e imediatamente me
pegou em seus braços.
— Acho que isso é um sinal. — Coloquei minhas mãos em
seus ombros.
— De que devo beijá-la muito?
— Também, óbvio. Acredito que fará isso quando descobrir o
que tenho por baixo.
Ele riu e, antes de espiar, me beijou de supetão.
— Eu vou te beijar independentemente do que está vestindo
para tirar meu pouco juízo. — Rodamos lentamente na cozinha e ele
me parou próximo ao balcão. — Sinal do quê? Casar novamente?
Renovar os votos? Ter mais filhos?
— Ter mais filhos? — Arregalei os olhos. Ele havia batido com
a cabeça? Gail valia por dez crianças. — Sério mesmo?

— Eu acho que gostaria de ter mais.
— Imediatamente ou vai me dar um tempo para assimilar
isso?
— Tem todo o tempo do mundo, se não quiser, tudo bem. Sou
feliz com as meninas.
— Então quer dizer que o discurso de nunca mais vamos
passar por isso passou e agora foi picado pela febre do bebê de
novo?
— Nós fizemos crianças lindas. Não podemos proibir o mundo
desse dom — ele brincou e me colocou sentada no balcão. —
Temos bastante tempo para pensar nisso e ensaiar. Acho que
deveríamos começar agora.
Apoiei meus pés nos banquinhos à minha frente, inclinando-me
para trás e puxei o laço do roupão. Cristhian desceu o olhar
lentamente pelo meu corpo, lambendo os lábios e me devorando
com os olhos. Ele beijou meu ombro, terminando de empurrar o
roupão para fora do seu caminho e foi arrastando os lábios para os
meus seios, no modo turbinados de amamentação, sustentados por
um sutiã lindo.
Ele beijou abaixo do meu umbigo antes de puxar o lacinho da
calcinha, com a ponta da língua me causando arrepios. Passando o
braço por trás da minha cintura, me puxou para si e me pegou no
colo, levando-nos para a sala. Nos beijamos ao cair no sofá.
— Você quer isso lento para começarmos o dia ou um pouco
mais brusco?
— Estamos atendendo a pedidos hoje? Muito bem… — Fingi
pensar, batendo o dedo no queixo. — Quero que meu sexy marido

me chupe e depois, me foda. Depois… ele vai ficar à minha mercê o
dia inteiro.
— Gosto da ideia de ser seu escravo de prazer. — Ele sorriu e
me deu um beijo molhado, gostoso e provocante. Fiquei arrepiada.
Jesus, o homem me tinha nas mãos. Soltei um gemido, querendo
mais. Cristhian provocou meu corpo com beijos intensos, pequenas
chupadas e mordidas antes de parar entre minhas pernas,
brincando com o indicador no meu clitóris. Ah! Sim! — Eu te amo,
gostosa.
Segurei seu cabelo, jogando minha cabeça para trás,
pensando que aquela era uma boa maneira de começar nosso fim
de semana.
Cristhian e eu crescemos muito ao longo do ano. Nosso
relacionamento meteórico me ensinou a ser uma mulher mais forte.
Eu me tornei alguém que tinha voz e podia inspirar e mudar outras
vidas. Consegui enxergar minha força, encontrei a segurança que
nunca tive, fui aceita e acolhida. Todos os dias, recebia mensagens
e perguntas sobre como uma garota que nasceu no interior da
Inglaterra, foi parar em Nova Iorque, se tornou modelo e de repente,
uma princesa.
Como casar com o seu príncipe? Pois bem, acredite no amor e
em si mesma. Corra atrás dos seus sonhos, se permita viver
aventuras, se jogue em novas oportunidades e se liberte dos
padrões que nos são impostos desde que nascemos. Mulheres
nascem cobradas e julgadas, mas nós temos força, inteligência e
sagacidade para mudar nosso destino.
Eu não trocava nada do meu passado, porque tinha orgulho da
minha trajetória.

Continua....

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