Capitulo 4

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Cristhian

CRISTHIAN, PRÍNCIPE REGENTE DE RAINLAND
Está na cidade para eventos organizados por ONG.
Cristhian é o herdeiro do trono de Rainland e sabe como ser
diplomático, mantendo a excelente boa relação entre os países. Nos
próximos dias, veremos o príncipe conciliando sua agenda como
regente e ao mesmo tempo, sendo um apoiador do trabalho de caridade que a irmã mantém na cidade.
The Sunrise

Londres.

— Ei, Jason — chamei meu secretário. — Sabe dizer se em
algum momento poderei respirar sem ter um próximo compromisso
urgente? Está com raiva de mim? — questionei ao olhar minha
agenda. — Eu mal terei uma hora para almoçar!
— Muito tempo para comer é superestimado — ele brincou,
pegando as folhas da minha mão. — Otimizei os compromissos
para que possa ter um dia de folga. Imaginei que gostaria de se
refugiar no campo sem interrupções.
— É por isso que o nosso relacionamento tem durado tanto
tempo. — Uni minhas mãos em agradecimento. Ele riu e ouvimos
uma batida suave na porta, a assistente dele abriu e nos olhou
timidamente. Ela era muito séria e profissional, além de tímida, o
que eu achava engraçado. Trabalhando comigo há cinco anos, já
deveria ter perdido o medo. Allegra informou que o meu próximo
compromisso já estava aguardando na sala de visitas.
A imprensa estaria presente. Era um encontro cordial com o
presidente de uma ONG que tinha sede em Londres, mas atuava
com força em Rainland. O trabalho em conjunto era muito
importante e dado às pesquisas na internet relacionando o país com
as inúmeras doações para caridade, aquele encontro era para
solidificar a união. Entrei na sala depois de ser anunciado,
cumprimentei a todos e me acomodei no lugar marcado.
Alguns jornalistas fizeram perguntas, que foram filmadas para
as postagens nas redes sociais da família real de Rainland.

Peguei alguns folhetos para ler e me deparei com a mulher do
desfile. A loira bonita de tirar o fôlego. Ela estava sorrindo, usando
uma camisa branca e um nariz de palhaço, em uma campanha para
financiar a construção de um hospital infantil. A imagem me fez
perder um pouco de tempo, me deixando intrigado. Voltei ao
assunto um pouco perdido mas rapidamente me inteirei, deixando a
folha de lado ou nunca mais conseguiria voltar a fazer meu trabalho.
Assim que o evento terminou, retornei para o meu escritório e
preparei uma bebida enquanto aguardava o almoço, me sentindo
desconcentrado. Abri um pouco a cortina clara, olhei para a rua, a
praça e do outro lado, notei que havia um outdoor eletrônico
passando diversos comerciais, inclusive um de roupas íntimas. A
primeira era de Katherine, tirei uma foto e mandei para Eliott. Ele
respondeu quase que imediatamente com uma risada e disse que
ela estava em todo lugar com aquelas roupas.
A foto seguinte, era dela.
Parei para absorver a beleza da mulher. Então quer dizer que a
furiosa do desfile era modelo? Eu não a vi novamente, mas não
deixei de pensar nela. Seus olhos incríveis e a boca tentadora só
podiam ser os motivos pelos quais ainda estava na minha mente,
fora o fato de que, de repente, ela estava em todo lugar. Não sabia
seu nome, apenas que era muito bonita e havia mexido comigo.
Alguns dias depois, usei um dos carros mais discretos para
fazer minha fuga da madrugada. Não tinha uma residência não
oficial em Londres, por nunca ter encontrado uma real necessidade.
Antes da minha irmã ter uma casa enorme com várias alas, alugava
um apartamento. Estacionei na garagem, tirei minha pequena mala
e entrei.

Eles já estavam dormindo e evitei as áreas que costumavam
ficar, seguindo para o quarto que minha irmã separava para mim
com muito carinho. Não dormi muito tempo, antes de amanhecer,
deixei a casa e caminhei pelo campo, observando as cercas novas
que Ethan tanto se orgulhava e o celeiro reformado para os cavalos
da propriedade.
Eu nunca poderia viver muito tempo longe do palácio. Nem
eles viviam, para falar a verdade. Quando estavam em Londres, era
por causa do trabalho na empresa de Ethan, que apesar do título de
príncipe, tinha livre direito de produzir renda fora de Rainland, mas
nunca usando o país a seu favor e muito menos as informações
privilegiadas que obtinham. Meu país não fazia parte da carteira de
trabalho dele, que focava exclusivamente na Inglaterra.
Rainland estava enfrentando o que meu pai chamava de "onda
democrática". Parte do parlamento se levantava, com especulações
do tipo "se fôssemos um país democrático…" e assim começava um
burburinho enorme que incomodava. Havia um parlamentar em
específico que parecia odiar minha família a um nível pessoal.
Todos os ataques públicos dele me incomodavam, porque ele
não se atrelava apenas à política monárquica e sim a nós, como
membros. Era como se os problemas políticos do país fossem culpa
de cada integrante da família.
Não havia fome em Rainland. Apesar de sermos um país
capitalista, éramos pequenos comparados a outros e o nosso PIB
era um dos melhores. A monarquia nunca fez com que a população
passasse necessidade em prol dos nossos desejos. Muitos
migraram em busca de um lugar melhor para viver e encontravam
justamente isso.

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