Capitulo16

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Cristhian

Casamento real ou fake?
Depois de quase termos certeza de um enlace entre nosso futuro rei e a filha única do Duque e da Duquesa de Lancaster, essa colunista
não tem certeza se de fato havia algo verdadeiro ali. Em Londres,
há uma corrida para saber quem é a mulher loira que o príncipe foi visto aos beijos.
Alguma aposta?
Lady Daisy Mail

Rainland.

Eu olhei para as revistas e matérias impressas na minha
frente, desejando atear fogo. Andei de um lado ao outro, esperando
minha mãe entrar na sala de reuniões. Ela estava demorando de
propósito, sabia que desde que explodiu na mídia que eu teria um
noivado com Priscila, meu humor estava no limite. Aquilo era
inadmissível e ela teria que dar um jeito de retratar.
— Oi, querido. — Ela entrou, toda arrumada. — Tenho um
passeio com a Duquesa em alguns minutos. Teremos que ser
rápidos.
— Rápidos? Não. — Minha voz saiu dura. — Sente-se,
mamãe.
— A essa hora já procurando briga? — Ela fez uma pausa
dramática e olhou para a mesa. — E por causa da fofoca? Não é
possível que tenha ficado tão incomodado com um rumor. —
Revirou os olhos.
— Conserte isso. Negue tudo. E por Deus, mamãe! É melhor
que não seja você alimentando a mídia com essas fofocas e dando
esperanças à família! Estou te avisando, você vai passar muita
vergonha se continuar!
— Isso é uma ameaça? Me respeite, Cristhian! Eu sou sua
mãe!
— Então, seja uma! Pare de agir como uma louca delirante
achando que seus filhos são peças de um jogo! Por uma semana,

estou trabalhando nas mudanças do governo e sendo infernizado
com essas perguntas estúpidas sobre um noivado que nunca vai
acontecer! Você não faz ideia do que isso me causou pessoalmente
e estou tão furioso, que mal consigo olhar na sua direção! — Bati
em cima das folhas. — Você tem até o final do dia para que todas
essas notícias desapareçam!
Mamãe arregalou os olhos.
— É sobre a loira? Eu vi a matéria e não acreditei, porque
esteve aqui o tempo todo, mas pensando bem, te perdi de vista por
alguns dias e conhecendo seus dons de entrar e sair sem ser
visto… não duvido que foi à Londres. — Ela me analisou friamente.
— Quem é? Neta de algum duque? Não lembro de ninguém do
nosso círculo que seja loira, mas são muitas pessoas. É um namoro
sério?
— Você prestou atenção no que te pedi? Se sim, é somente
isso que te interessa.
— Eu não controlo os jornais, Cristhian. Admiro que pense que
tenho tanto poder com a mídia, mas farei o que puder para aplacar
esses rumores. — Ela ajeitou a saia, me deu um sorriso e saiu. Eu a
conhecia. Estava lutando para não mostrar chateação.
Mamãe julgou mal meu amor e dedicação à Rainland. Ela
esperava que a pressão pública me fizesse abrir os olhos sobre a
importância do casamento e considerando o quanto era cobrado em
ter uma esposa perfeita para ser a rainha. Ela se enganou comigo.
Peguei meu telefone e quase quebrei. Eu queria matar Anastácia.
Como ela podia me jogar fora de sua vida na primeira fofoca, porra?
Ao mesmo tempo, não a culpava, afinal, eu sabia os estragos que

fofocas podiam fazer na vida de um membro da realeza. Por uma
semana, pensei em todas as possibilidades que a machucaram e
nenhuma delas era boa.
Estava desesperado, mas sentia que ao ligar mais uma vez, eu
seria condenado como um idiota. Eduardo[4]
, meu amigo de longa
data, passou por uma separação semelhante e me disse que seu
maior arrependimento foi não ter ido atrás de Clara antes. Eles eram
felizes juntos e eu tinha uma secreta esperança de que podia ter a
mesma felicidade com a mulher pela qual estava profundamente
apaixonado.
Até confessei para minha irmã. Charlotte ficou chocada por um
total de cinco segundos antes de levantar e dizer que me ajudaria.
Ela faria com que Anastácia me ouvisse.
Fui até o bar da irmã dela no meio da noite e fui retribuído com
fúria, porque segundo Adriana, Anastácia se isolou e não falava direito
com ninguém desde que soube. A irmã dela queria me matar e não
quis me ouvir completamente. Desisti de insistir, focando em como
poderia encontrar com Ana sem parecer um príncipe relapso,
abandonando as reuniões importantes e televisionadas do governo
para ir à Londres.
Tomei um susto com uma ligação. Era Apolo. Não estava
atendendo meus amigos direito, mal respondia às mensagens,
porque não tinha cabeça. Eles sabiam que sempre fui discreto,
mesmo na fase em que todos nós podíamos ser chamados de bad
boys, prezava por manter minha vida longe do interesse do público.
Enviei uma mensagem de volta, me desculpando por não
poder atender e que conversaríamos depois. Minha vida parecia de

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