𝐅𝐑𝐀𝐆𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐋𝐈𝐒𝐈𝐀

𝐕𝐈.

Percepções

Deve ser apenas um defeito
Ou uma de minhas características
Eu mudo drasticamente
Em um curto período de tempo
Tenho momentos de lucidez
E obviamente não queria ser assim
Porque me torna frágil e substancial.

As vezes sinto que estou
Lutando constantemente
Como se eu não pudesse me acompanhar
Meu próprio ritmo me sufoca
E isso é desesperador
Constantemente busco respostas
Somente me frustro.

Ao passo que percebo
Que em minha luta
Posso estar perdendo
Não poderia star mais assustada
A realidade pesa sobre meus ombros
É aqui, que cogito desistir
Talvez o amargor de perder me vicie.

Posicionamentos

O que eu deveria
De fato fazer
Obviamente não sei
Apenas sei o que quero
O que no momento,
Se resume a querer apenas fugir
Sempre acabo assim.

Me sentindo
Tão covarde
Indefesa
Angustiada
Acabada
Desgastada
Tão cansada.

Para mim no presente
A felicidade é utópica
Soa como um sonho distante
Impossível de alcançar
Ou talvez fácil demais de se acordar
Não me importo mais
Estou a muito tempo presa aqui.

Questionamentos & Conclusões

E para quê afinal?
O que vem depois de todos os sentires?
Será que o sofrimento tem fim?
Ou o fim é apenas ilusório?
Eu viveria lutando?
Viver é isso?
Deveria ser assim?

Pareço tão confusa
Mas acima de tudo
Tão inocente
Sem experiências vívidas
Sem amores colecionados
Sem sofrimentos guardados
Não sei viver e experimentar.

Tenho medo
E admitir tal fato me dói
Pareço um filhote
Assustado com o mundo
A culpa pode ser deste gigante
Essa bola azul e verde
Cheia de vidas que querem a morte.

Lamentos

Tudo se resume a isso
Volto sempre para o mesmo ponto
O de partida
Mesmo estando sempre partindo
É minha trajetória particular
Sempre volto a ser tudo
Sentindo-me um grande nada.