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Eu estou viva, respirando, sentindo E estou cansada, mas eu continuo Não me permito pensar em parar Constantemente minhas vias respiratórias Parecem querer sucumbir É como se meu corpo Não quisesse sobreviver
Talvez eu esteja me punindo Talvez eu apenas não saiba lidar Detalhes como o sol nascendo A lua cheia e o contraste Com o brilho das estrelas no céu O desenho perfeito do infinito E da diminuta existência humana
Soam como um sino em minha mente O alarde anuncia minha miserável realidade Sou um grão apenas existo Não acho que vivo Tão pouco sei de fato viver Seria tão fácil não é Realmente me livrar
O que eu veria? Um borrão Lapsos de memórias boas e ruins Talvez eu visse o branco Ou talvez o mais absoluto negro Quem sabe eu visse alguém Importante pra mim
Será que tenho essa pessoa? Que me faz sorrir facilmente Que me concede Os melhores sonhos Ou que apenas eu goste de olhar Ficar em silêncio Em sua deliciosa companhia
Seria um lugar? Mal iluminado talvez Com cheiro de chuva E gosto de chocolate Poderia ser pequeno Mas talvez solitário Então talvez grande se tornaria
Mas a troco de quê? É infelicidade? Ou miséria? Então quem sabe falta de amor? Talvez muito ódio? O que? Preciso explorar?
Eu gritaria em pleno os pulmões Por que não tenho respostas Mas acho que na verdade Não é a hora Preciso aceitar esse fato Veja bem, eu sei tão pouco Muitas perguntas
Eu tenho tempo não é Poucas respostas Acho que sim Eu posso ser grande E profunda Cheia de pequenas histórias Talvez eu só não saiba ainda
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