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Cínica, ácida, grossa, imoralMeus adjetivos são o assuntoMas os mantenho em conjunto Pois fazem parte do meu visual

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Cínica, ácida, grossa, imoral
Meus adjetivos são o assunto
Mas os mantenho em conjunto
Pois fazem parte do meu visual

Tenho vestígios de bondade
Que guardo dentro do peito
Só não encontrei um jeito
De deixá-los a vontade

Um precipício assustador
É como anda a minha mente
Um pensamento deprimente
Que no seio me causa dor

Minha metade é indefinida
Não sei quando fui separada
Sou uma identidade apagada
Sem a chance de ser unida

Atravessei o mar de medos
Mas foi difícil não naufragar
E por onde tentava navegar
Afoguei os meus segredos

Não digo que sou feliz
Digo que sou sorridente
Porque nunca fui decente
Apenas porque não quis

Queria poder me desculpar
Por tudo que tenha destruído
Por não ter me reprimido
Mas só estava a me vingar

Eu fiz o que tinha de ser feito
E disso não me arrependo
Por isso estou aqui sofrendo
Da redenção perdi o direito

Ouço uma voz assombrada
Gritando na minha cabeça
Impedindo que eu me esqueça
De como é ser atormentada

Ouço uma voz assombradaGritando na minha cabeça Impedindo que eu me esqueçaDe como é ser atormentada

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𝐅𝐑𝐀𝐆𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐋𝐈𝐒𝐈𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora