𝐅𝐑𝐀𝐆𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐋𝐈𝐒𝐈𝐀

𝐗𝐗𝐗𝐈.

Tanto tempo sem ninguém
Nunca estive acompanhada
Me acostumei a andar só
A vida costumava ser um deserto
Era seco e quente para mim

Aí eu encontrei você
No meio daquele show
A nossa banda preferida
Nossa paixão pela música
Só com você eu consegui dançar

Nosso hobby preferido era se curtir
As tardes quentes foram ficando molhadas
Acho que o sol começou a ficar tímido
Eu via a lua em você a noite
Mesmo que eu mal conseguisse abrir os olhos

Adoro aquela nossa foto
Estamos deitados na grama do quintal de casa
E a Mika está deitada sobre os nossos peitos
Provavelmente aproveitando
Os nossos corações estavam vibrando

Houve dias em que não pudemos estar juntos
Físicamente era impossível
Mas nós nunca nos desconectamos
Então você ia, e eu ficava sozinha sem estar só
Em paz porque eu sentiria você dentro de mim

Mesmo após esse tempo todo
Eu ainda te sinto pulsar
É uma delícia como você não vai embora
Já não me sinto em um deserto seco e quente
Você me molha e me refresca agora

Gosto de te ouvir dizer que me ama
Você faz isso sem falar
Não precisa emitir nenhum som
Ainda que eu entenda tudo que sai de ti
Todos os seus gestos gritam amor

Você me diz sempre, outono
Eu demorei para entender
Você sempre foi complicado
Mas então eu me senti no outono contigo
Eu florescia sempre que você me molhava

Cada vez mais nos viciamos um no outro
Acho que é porque nós damos choque
Faíscas de energia pura pulam de nós dois
Você aí todo molhado e gelado
Cai em mim quente e seca morrendo de sede

Oásis, eu te definiria assim para sempre
Você não pode me julgar
Não te acho uma miragem
Mas você é tão bom que não parece real
Você é único que pode matar minha sede