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A liberdade, a paz Por fim á sós Livre da sociedade Da pressão, da culpa, do medo O ar fresco que bate em minhas asas É o toque suave da minha vida Podendo finalmente ser vivida Acho que é essa a sensação De plenitude humana Nesse líquido mundo
Onde todos vivem vidas Que não podem viver Onde ser de verdade causa medo Onde a mentira ganha forma e cor A persona se esconde Evidenciando a fraqueza do homem Nós todos em algum momento Sentimos que somos líquidos e vazios Neste ponto se alcança a percepção De que não estamos completos
Súbita e perversamente Você se percebe inválido Sem rosto, sem origem, sem memórias A convivência em sociedade Te torna um ninguém Enquanto a imagem que você passa É a de alguém que sabe viver Com todos os rostos Com várias origens Com muitas memórias
Esses fragmentos ilusórios Captados e petrificados artificialmente São os aceitos e ditos como aquilo que é real Apenas porque o homem Sabe de sua própria miséria mas não admite Que outro animal tome razão dessa Quem você escolher ser hoje Não define que você será no futuro Mas as consequências sempre Irão te perseguir
Nunca se resuma a nada O ser humano é uma imensidão de viveres Experiências vão te fazer ser quem é Mas estas também te mudam E te moldam a sua própria maneira Todos somos únicos Mas na sociedade líquida Todos tem as mesmas facetas Agora as pessoas perdem suas essências A juventude é cômica
E eu sempre tive um humor ácido Sempre notei minha própria fraqueza Em ser real, não por não conseguir Mas sim por conforto Porque ir contra a grande massa É pra quem tem cara e coragem E eu sempre me vi Como mais um dos sem rosto e covardes Todos querem congelar no tempo E para quê? Apenas em função de aparências
Ser jovem é ser bonito Ser aceito é sinônimo der ser artificial Ser artificial é sinônimo de ser normal Essa normalidade tóxica é endeusada E cultuada pelos padrões de beleza Que criam corpos com molde Sem naturalidade Envelhecer não é aceito Não é bonito, não tem valor Mas agora aqui estou
Sozinha em meu refúgio Podendo ser quem reconheci ser Ser velho nunca foi tão bom Conforme o tempo me moldava Sentada nesta cadeira de balanço Observando o fogo na lareira Lendo um bom livro com uma caneca de chá Ouvindo lá fora O som da chuva caindo inquieta
Sentindo a paz que é ser Humilde e verdadeiro Sem todos aqueles Falsos luxos mundanos Numa cabana de madeira rústica Em um clima frio Sentindo os pêlos do meu cachorro Se enrroscarem no meu pé Um jazz, um blues fazendo notas fluírem no ar Assim eu apreciaria meu paraíso particular
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