Meus olhos se abriram apruptamente
Meu peito subia e descia muito rápido
Minha pele estava suada e friaSonhar comigo mesma era frequente
Agora não tenho mais muitos sonhos
Em minha mente perturbada só há pesadelosA dura realidade do meu passado
Uma amostra do que eu era
Hoje sou apenas a sombra do que fuiEstou enlouquecendo aos poucos
Sem redenção pelas minhas escolhas
É doloroso saber que sou a culpadaMinhas entranhas se reviram em agonia
Sempre que tento recomeçar
Sei que irei fracassar outra vezA crueldade do tempo me ameaça
Sou uma jovem com pouco pela frente
Meus dias estão sendo contadasNa penumbra da noite admiro a lua
Eu me sinto amparada por ela
É como um fino cobertor de esperançaNa aurora do dia mal vejo o sol
Esquenta minha pele pálida
Me faz sentir que existe vida em mimNão tenho mais perspectiva
Minha gana por viver acabou
Nem sei se realmente existiuEnvolta numa redoma de apatía
Perco minha autencidade singular
Coisas bonitas e simples perderam o brilhoMinha existência se enfiltrou no tédio
Quase não sei o que é felicidade
Minhas memórias talvez a conheçam melhorCrenças nunca me amparam
Pouco significado eu as dou
Apenas tento não matar meu espíritoSinto que tenho tentado
Gosto de pelo menos reconhecer
Apesar da compreensão não soube viverMinha personalidade está sumindo
Nem consigo tentar impedir
Pois minha força vital está morrendo
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𝐅𝐑𝐀𝐆𝐌𝐄𝐍𝐓𝐎𝐒 𝐃𝐄 𝐔𝐌 𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐏𝐀𝐑𝐀𝐋𝐈𝐒𝐈𝐀
Poetry𝐄𝐬𝐭𝐞𝐬 𝐬𝐚̃𝐨 𝐚𝐩𝐞𝐧𝐚𝐬 𝐝𝐞𝐥í𝐫𝐢𝐨𝐬 𝐝𝐞 𝐮𝐦𝐚 𝐦𝐞𝐧𝐭𝐞 𝐢𝐧𝐪𝐮𝐢𝐞𝐭𝐚.