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Quando ele entra em casa, consegue escutar o barulho de tv e segue para a sala com a sobrancelha erguida.

- Ainda acordada? - ele pergunta largando as chaves em cima da mesa de jantar. - Pensei que tinha dito que não ia me esperar.

- Eu preciso do seu cartão pai, se eu não comprar a bolsa hoje vai esgotar e só vai ter em Paris. Você tem noção disso?

- Nossa, que desastre. Parece o fim do mundo, filha. Como eu não pensei nisso? - ele respondeu irônico.

- É sério, não debocha. Por favor paizinho. - ela faz um bico enorme e puxa o homem pela mão. - Eu juro que não te peço mais nada até o meu aniversário.

- Seu aniversário é mês que vem, Bianca. - ele fala com um tom sério e passa a mão no rosto. - Qual o preço dessa bolsa?

- Você nunca pergunta preço de nada, por que quer saber justo agora?

- Porque sim. Me fala o preço.

- Vinte. - ela responde baixo e ele suspira.

- Vinte mil reais em uma bolsa? Eu devo ter a cara de banco para você, só pode. - ele reclama tirando a carteira do bolso.

- Te amo muito, papaizinho. - ela se joga em cima dele com um sorriso enorme. - Nossa, você está com o cheiro igual do perfume que a Giovanna usa.

Ele sente o corpo ficar tenso na mesma hora.

- Eu estava com a Ka, deve ser o dela. - ele disfarçou sem dar muita importância e entregou seu cartão na mão dela.

- Nossa pai, sério? Essa mulher de novo? - ela reclamou. - Sabe que não gosto dela e que eu saiba você estava com a Paula.

- E de quem você gosta, Bianca? - ele pergunta sério. - Toda mulher que eu saio você implica, filha. Até mesmo a Paula você não gosta.

- Não é verdade, você sabe que de todas, a que eu menos gosto é a Karen. Mulherzinha melosa, ainda por cima é chata.

Alexandre segura a risada e se joga no sofá cruzando as mãos atrás da cabeça.

- Vou fingir que acredito, filha. - ele resmunga prestando a atenção no filme que passava na tela enorme.

- O sexo deve ser muito bom. - ela resmungou e se jogou do lado dele. - Você não larga essa mulher.

- Cuida da sua vida. Não preciso te dar satisfação de quem eu transo ou deixo de transar, garota. - ele bagunça o cabelo dela.

- Credo pai, que nojo. - ela reclama e ele solta uma risada.

Bianca morria de ciúmes, sempre foi assim.

Giovanna entrou em casa e estava tudo em silêncio. Seus pais já deviam estar dormindo, então subiu as escadas e entrou em seu quarto.

Tirou a sua roupa devagar largando jogada pelo chão do quarto e foi andando até a sua suíte. Quando olhou no espelho e notou as marcas em seus seios, levou um susto.

- Merda.

Seus seios estavam muito vermelhos, cheios de marcas roxas nos dois, um tremendo estrago. Passou as mãos pela marca e fechou os olhos sentindo a sensação da boca dele bem ali.

Ela mordeu os lábios se lembrando de como gozou nos dedos dele, de como ele chupava os próprios dedos molhados com o seu gosto.

Levou um susto com seu celular tocando em cima da cama e voltou no quarto pelada mesmo para buscar.

Alexandre tinha mandado uma mensagem.

Ela correu de volta para o banheiro e fechou a porta.

"Sonhando com o nosso próximo encontro."

tempo de amar | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora