Ela paralisou ouvindo as palavras duras saindo de dentro da boca dele. Alexandre parecia nervoso, estressado com a pessoa do outro lado da linha.Em milésimos de segundos várias situações e suposições se apoderam de seu sub consciente. Ela sente o coração apertado e os seus olhos se enchem de lágrimas apenas com a possibilidade dele ter a traído.
Ao contrário do que normalmente faria, ela virou as costas e desceu as escadas outra vez. Entrou no lavabo de baixo e olhou no espelho respirando fundo. O que quer que tenha acontecido e que vá acontecer do seu relacionamento, teria que ser conversado apenas entre os dois e não com os seus pais tão felizes em um jantar na sua casa.
Ela respirou fundo e se recompôs.
Quando voltou para a mesa, ele já estava lá.
- Estava onde, meu bem? - perguntou carinhoso, dando um sorriso.
Ela sentiu vontade de gritar, mas não fez isso.
- Toalhete. - sussurrou.
Bianca soltou o garfo que pegava sua comida e franziu o cenho tendo a certeza que alguma coisa estava errada.
- Está bem, miga?
- Sim. Só com uma dor chatinha na cabeça. - ela respondeu, dando uma desculpa qualquer.
O jantar seguiu com Alexandre conversando animadamente com seu sogro, Bia e Giovanna trocando olhares, Dona Suelly meio perdida nos acontecimentos e Guto comendo sem parar.
- Vejo o quanto você está animado com o casamento, Nero. Fico feliz de estar vivo para ver a minha filha subir no altar com a pessoa que ela ama. - Hilton disse na porta.
Eles já estavam de saída. Bianca e Guto se despediram e subiram para o quarto dela, já que ele dormiria ali essa noite.
- Como não estar animado para finalmente ter a mulher da minha vida como minha esposa? Eu sou o mais ansioso dos noivos.
Giovanna não queria, mas viu verdade nas palavras dele.
Só queria entender o motivo de tudo estar desmoronando debaixo dos panos e ele estar fingindo dessa maneira ao invés de estar sendo sincero com ela de uma vez.
- Filha, aparece lá em casa. Saudade de passar uma tarde toda conversando com você. Esse jantar não deu para matar toda a minha saudade. - Suelly indagou, com um sorriso.
Giovanna percebeu que ela queria ficar a sós com ela para tentar entender, coitada. Foi a que mais viajou durante todo o jantar.
- Vou sim, mamãe. Pode deixar.
E assim eles se despediram e foram para casa.
Quando a porta fechou, ela sentiu as mãos grandes abraçando sua cintura e ganhou um beijo molhado em seu pescoço.
Não queria ter arrepiado tanto como aconteceu e não queria ter sentido um calor por todo seu corpo como aconteceu.
- Finalmente sozinhos, bebê. Estou morrendo de saudades de você, sabia? - ele sussurrou passando a barba por fazer no seu pescoço.
Ela se afastou com dificuldade saindo do abraço dele.
- Está com saudades porque quer. Eu estou aqui todas as noites te esperando.
Alexandre suspirou e balançou a cabeça afirmando.
- Perdão, meu amor. Eu sei que estou muito ocupado no trabalho, que quase não estou tendo tempo para você e para focar no nosso casamento como eu gostaria, mas infelizmente são ossos do ofício. Eu me sinto péssimo por não estar te dando a devida atenção que você merece.
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tempo de amar | gn
Short Storyum médico rico, completamente apaixonado pela melhor amiga de sua filha. é uma história ficcional que não condiz com a realidade.