tempo de amar | gn

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Ela ofegou sentindo o timbre rouco da voz dele atravessando seus ouvidos e causando arrepios em cada pelo do seu corpo.

Precisava pensar, mas com ele tão perto, tão cheiroso, tão lindo, tão amor da sua vida, ela não conseguia raciocinar.

Ele tinha um olhar que demonstrava toda a sua luxúria, toda a sua excitação, toda a sua vontade de ter com ela mais uma noite de amor.

A última que teriam por um tempo indeterminado.

Mas também carregava no fundo dos seus olhos uma carência, uma tristeza, uma saudade antecipada que estava quebrando o seu coração ao meio. Foi todos esses sentimentos no olhar dele que a fez tomar sua decisão.

Jurava que não ia aceitar.

Não ia misturar sexo com todos os outros sentimentos que eles estavam sentindo nesse momento, mas ele a olhou de uma forma tão intensa, tão dele, que a única coisa que conseguiu fazer foi embarcar nessa ideia deliciosamente perigosa.

- Sim ou não, meu amor. Dorme essa noite comigo, me deixa amar cada pedacinho desse corpo, eu sinto que não vou poder controlar a saudade que eu já estou sentindo de você.

Alexandre sussurrou as palavras tão baixo, tão calmo e quando terminou de falar escorregou sua língua pela pele bem abaixo da orelha e foi descendo pelo pescoço em direção a veia que já pulsava acelerada no pescoço dela.

- Ale, eu não sei se é uma boa ideia. - ela respondeu de olhos fechados.

Ele se afastou da pele molhada pela sua saliva e olhou nos olhos dela.

- É uma ótima ideia, meu bem. Mas eu vou entender se você não quiser, eu estou aqui para respeitar você e a sua escolha.

Ele escorregou a mão esquerda que estava emaranhada entre os fios dela e desceu pelo pescoço, pela clavícula, entre o vão dos seios até chegar na cintura fina.

- Ale.. - ela gemeu baixinho.

Alexandre sentia tantas coisas quando ela gemia desse jeito, só pra ele. Ficava louco só de imaginar sua vida sem isso, sem ela.

- Quem decide é você. Como sempre foi no nosso relacionamento, a decisão é sempre sua meu amor. Eu faço o que você quiser. Se quiser que eu vá embora, eu vou agora.

Ela agarrou os braços dele com força por cima da camisa em um claro sinal de que não queria isso. Não queria que ele fosse embora.

Nem agora, nem nunca.

- Eu não quero que você vá, Alexandre.

Se olharam nos olhos e conversaram muito mais naquela troca de olhares do que qualquer outra pessoa.

Ele não conseguiu controlar seu corpo e avançou beijando a boca macia mais uma vez com gosto, com vontade. Os dois se encaixam como ninguém no mundo conseguiria explicar, os corpos parecem ser feitos exclusivamente para isso.

Até mesmo a maneira que dão ritmo ao beijo de língua, o movimento que suas cabeças fazem para apreciar ainda mais o sabor do beijo.

Ele se afastou arrastando o lábio dela com o dente e gemeu rouco pela cara de safada que ela estava olhando para ele.

- Se você não for específica comigo, eu vou entrar no meu carro e vou para a minha casa passar o resto da noite bebendo e fumando. Pensando em você e nas coisas que eu poderia estar fazendo com você. - ele sussurrou roçando o nariz no dela. - Preciso que seja direta comigo, amor. Me quer ou não?

Ela resolveu se entregar ainda mais. Ousou passar sua mão delicadamente pelo tórax dele fazendo um carinho e desceu o rosto depositando um beijo bem em cima do peito esquerdo, em seguida subiu o olhar inocente que só ela tinha e passou sua língua pela boca dele sem desviar o olhar.