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Ele estava jogado no sofá com a cabeça no colo dela.

Giovanna fazia um carinho no cabelo dele devagar, os dois ainda pelados, do jeito que acabaram o sexo.

- Eu preciso ir. Ela pode acordar a qualquer momento.

Alexandre abriu os olhos devagar e olhou no fundo dos dela.

- Fica? - ele pediu com a voz rouca. - Dorme lá do lado dela, eu fico mais tranquilo com você aqui. Eu nem posso te levar em casa para não deixar ela aqui sozinha.

- Está cedo ainda. - ela olha para o enorme relógio na parede do escritório. - São sete da noite. Posso pegar um táxi.

- Você não quer ficar?

- Não é nada disso. - ela sorriu. - Eu fico.

Na verdade só queria ir embora para ficar sozinha e conseguir pensar no que tinha acabado de acontecer entre eles.

- Você se arrependeu, Giovanna? - ele se levantou do colo dela e vestiu sua cueca. - Porque se tiver se arrependido, você pode me dizer. Eu tô aqui para fazer o que você quiser fazer.

- Não fala besteira. Nem passou pela minha cabeça arrependimento. - ela se levantou e deu um selinho nele. - Vou mandar uma mensagem pra minha mãe avisando que vou ficar aqui e depois vou tomar um banho.

- Você já é de casa, pega alguma coisa da Bi pra você dormir.

- Pode deixar.

Ela se vestiu com o vestido e pegou seu tênis na mão mesmo.

- Boa noite. - desejou destrancando a porta.

- Boa noite, Giovanna.

Ela saiu do escritório e ele suspirou.

- Isso mesmo. Se apaixona, seu idiota. - resmungou baixinho com raiva e encheu seu copo mais uma vez.

Giovanna deixava a água descer pelo seu corpo como se lavasse a sua alma. Só lamentava estar se livrando do cheiro dele, mas não tinha como dormir ao lado de Bianca do jeito que estava.

Se lembrou da amiga dormindo no quarto e se sentiu muito culpada. Não seria hipócrita em dizer que não foi a melhor transa de toda sua vida, mas não conseguia ficar totalmente feliz por causa da situação complicada.

Depois de vestir um pijama dela, se deitou do lado vazio da cama e demorou muito para conseguir pegar no sono.

Com ele não foi diferente, rolou em sua cama com o coração agoniado. Tinha sido tão gostoso, tão intenso.

Estava completamente rendido por ela, mas estava ciente de que talvez no dia seguinte recebesse uma mensagem dela terminando algo que nem começou ainda.

Sabia que por se tratar da melhor amiga, ela estaria com mil coisas na cabeça agora que o tesão passou. Na manhã seguinte faria uma surpresa para ela, queria que ela soubesse que é uma pessoa especial independente do que aconteça entre eles.

No dia seguinte, Bianca acordou péssima. Giovanna ficou ao seu lado o tempo inteiro, ajudou ela com o remédio para sua ressaca e desceu as escadas para pedir à empregada um café preto sem açúcar para ela.

- Bom dia, Ma. Você passa um café bem forte e sem açúcar para a Bia? Ela acordou péssima, com uma ressaca horrível.

Giovanna falava com a moça escorada na porta da cozinha, sem notar que Alexandre estava sentado na mesa de café olhando para ela.

tempo de amar | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora