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Quando seus olhos se encontraram com os dela, ele viu todo o desespero atravessando seu corpo. Ela tinha medo em seus lindos olhos, aqueles olhos que ele tanto ama ficar olhando.

Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ouviu uma voz grossa falando alto ao seu lado.

- Mãos acima da cabeça, agora.

Alexandre olhou para o lado e viu um homem armado apontando a pistola em sua cabeça.

- Calma, eu só quero entender o que vocês querem. - ele falou e levantou as mãos. - Me diz o que vocês querem aqui.

- Esse homem deitado aí é chefe da nossa organização, e se ele morrer eu levo essa boneca aqui junto comigo.

O homem que segurava Giovanna pelo pescoço falou gritando, ele parecia estar muito mais agitado que o outro.

Alexandre respirou fundo tentando lidar racionalmente.

- Escuta.. Deixa os cirurgiões cuidando do seu amigo e solta a moça por favor. Ela não tem nada a ver com isso, ela nem está operando.

O homem riu ironicamente.

- Eu não quero saber, porra. Ela é minha refém, minha garantia de que mesmo que isso não dê certo no final, eu saia daqui de dentro com vida. Eu sei que vocês já chamaram a polícia, não sou otário.

Alexandre tentou andar na direção deles, mas levou uma coronhada do outro meliante que estava ao seu lado.

Ele caiu de joelhos com a porrada.

- Alexandre... - ela gritou chorando.

Ele levou uma mão até a cabeça e sentiu o sangue sujar sua mão, olhou para cima e viu o terror nos olhos dela.

- Me deixa ficar no lugar dela? - ele pediu com a voz baixa. Sua cabeça estava doendo demais. - Você deixa ela ir com os outros lá para fora e eu fico de refém no lugar dela.

Giovanna sentiu seu coração acelerar e negou com a cabeça.

- Não, não faz isso.. Alexandre, não.

Os homens se olharam.

- Vocês são o que um do outro?

- Ela é minha esposa, cara. Solta ela, por favor. Eu faço o que vocês quiserem. - ele ofereceu.

- Você não tem nada que interesse pra gente.

Alexandre olhou nos olhos dele e se levantou devagar.

- Eu sou o dono desse hospital.. Eu posso dar dinheiro para vocês. O valor que for, eu pago. Só solta ela, por favor.

O homem arregalou os olhos.

- Você é dono daqui? Uau. Gostei, agora eu gostei. Podemos negociar sim, claro.

Os cirurgiões continuavam a operar tentando focar o máximo no paciente e não no que estava acontecendo na sala.

- Eu solto a gatinha com uma condição. - ele voltou a falar.

- Qualquer coisa. Fala.

Alexandre estava desesperado para ver aquela arma longe da cabeça dela.

- Você vai ser a nossa garantia para sair daqui de dentro sem que a polícia nos pegue e quando tudo isso acabar, você vai me dar um milhão de reais em mãos. Com o meu chefe vivo ou morto eu quero esse dinheiro, entendido?

- Feito. Solta ela.

Giovanna negava com a cabeça apavorada.

- Não, você não vai ficar refém. Alexandre eu preciso de você vivo. Você tem que viver pra mim.

tempo de amar | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora