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Como tudo que é maravilhoso dura pouco, (às vezes) a viagem chegou ao fim. Eles voltaram para o Brasil no domingo à noite e quando o carro encostou em frente a mansão, Guto estava lá parado com um buquê de girassóis na mão.

- É isso mesmo que eu estou vendo? - Giovanna perguntou com um sorriso no rosto e se virou para Bia no banco de trás.

Alexandre fechou ainda mais o semblante com os olhos fixos no garoto parado na sua porta.

- Eu não acredito que ele veio mesmo. - Bia sussurrou dando uma risadinha e saiu do carro.

Alexandre fez menção de abrir sua porta, mas Giovanna segurou o braço dele.

- Deixa eles sozinhos um pouco, depois a gente desce.

Ele revirou os olhos e focou no celular sem a mínima vontade de ver sua filha se agarrando com um moleque qualquer.

- Ela está toda apaixonadinha nele. - ela sussurrou olhando a amiga toda feliz com o buquê. - Não são fofos?

Giovanna olhou para o noivo e ele estava sério olhando seus emails no celular.

- Amor, para com isso. - ela pediu manhosa.

- Fofo vai ser quando ele vier pedir permissão pra mim. Até agora não falou nada, está achando que é assim?

- Ué, mas comigo foi assim. Primeiro a gente ficou e só depois você foi falar com o meu pai. - ela rebateu confusa.

- Meu bem, por mim eu teria ido no mesmo dia que a gente se beijou pela primeira vez nesse carro, mas a nossa situação é bem diferente da deles. Bia até dormiu na casa dele por dias, lembra? Sem eu conhecer o sujeito.

Giovanna segurou a risada.

- Agora eu já sei de quem ela puxou esse ciúmes todo.

Ele revirou os olhos e puxou a mão dela dando uma mordida.

- Já tá bom de beijo né, podemos descer. - ele falou dando uma olhada na direção da filha.

Ela impediu mais uma vez, indo para cima dele e cheirando o pescoço dele.

- Não podemos não. Eu quero o meu beijo.

Ele correspondeu na mesma hora que a língua dela pediu passagem em sua boca, sua mão entrou pelos cabelos da nunca dela dando ritmo ao beijo.

Se essa fosse a maneira de distrair ele para deixar sua amiga namorar em paz, ela faria isso sempre. Usaria sexo.

- E se a gente subir e tomar um banho de banheira? Saudades da sua massagem, amor. - ela sussurrou na boca dele.

Alexandre foi amolecendo no banco do carro, sentindo os beijos dela em seu pescoço.

- Vamos.

Ela sorriu.

Os dois desceram do carro e se aproximaram de mãos dadas do casal abraçado em frente à porta enorme da mansão. Guto logo ficou nervoso com a presença de Alexandre, ainda mais por se lembrar do que aconteceu na festa de Bianca e por reparar nos olhos penetrantes dele.

- Boa noite. - ele falou com a voz grossa, o rosto sério.

Giovanna segurou a vontade de rir. Era tudo engraçado demais.

- Boa noite, doutor Nero. - Guto falou baixo, meio tímido.

- Pai, o Guto vai entrar e subir comigo.

- Como assim subir, Bianca? Senta na sala com o garoto, eu quero conversar com ele primeiro.

- Conversar o que, pai? Não começa.

tempo de amar | gnOnde histórias criam vida. Descubra agora