De trás para frente

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 Uma palavra, era grande, uma palavra grande.

Não!

Era pequena, uma palavra pequena com sentindo grande, estava embolada na minha garganta, mas sua sensação subia pela minha espinha causando arrepio. Palavra feia, horrenda, na verdade, mas qual era? Estava na ponta da língua, mas ainda nada, palavra idiota o sentido ainda mais.

Medo.

Aí estava ela, pequena, parece inofensiva, mas estava inebriando todos os meus sentidos, a palpitação no peito tão alta que eu sentia que meu coração fosse sair pela boca, o suor frio junto ao batuque incessante dos meus pés no chão.

Por que eu estava com medo?

Não lembro. Pensando melhor não me lembro de nada, qualquer memória minha parecia ter sido apagada, só lembro de batucar os pés, era um ritmo tão específico, como a batida de tambores, era com toda certeza um som tão... familiar. Minha mente estava a mil e meu corpo tentava acompanhar isso, perguntas, perguntas e perguntas...

  Me obriguei a me mover levantando do banco ao qual eu estava sentada, as pessoas iam e viam determinadas, pois sabiam para onde iam, mas eu nem sabia onde eu estava direito. Era uma praça pequena em um centro movimentado com o barulho de carros e pessoas, mas aquela praça estava cheia de estátuas, e cada vez que eu olhava para uma delas aquela sensação de embrulhar o estômago voltava, o que me lembrou o motivo de estar sentada batucando os pés, foi pelas estátuas, mas por quê?

— Com licença? — parei uma moça de estatura baixa que carregava um carrinho de bebê. — Eu sei que vai parecer estranho, mas onde estamos?

— Estamos em Londres, na Inglaterra — respondeu, seu olhar era curioso sobre mim, o que era totalmente compreensível na situação atual. — Você está perdida?

— Sim..., na verdade, não, estou descobrindo ainda.

Voltei para o centro da pequena praça olhando em volta, aquela sensação ruim não conseguia me abandonar. Tinha algo que eu definitivamente não estava vendo, estava tão claro e nítido e mesmo assim meus sentidos estavam bagunçados, aquela praça, pequena, verde e cheia de estátuas, estava errada e de novo eu me perguntei por quê. Tantas outras perguntas eu deveria estar fazendo como quem sou eu? Mas aquela maldita praça que parecia insignificante estava me irritando profundamente.

A garota que nunca existiuOnde histórias criam vida. Descubra agora