Você aceitaria viajar com um louco em uma caixa?
Encontrada pelo Doutor, um alienígena e Amélia, sua companheira de viagens, Astéria uma garota um pouco confusa e perdida sobre seu passado, decide embarcar junto a eles em suas aventuras pelo tempo...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
─━━━━━━⊱ ☾ ⊰━━━━━━─
— Corre mais!—gritei ao ver que o senhor do tempo ficava para trás.
— Tô tentando!
O pior de toda aquela corrida sem rumo e que nem ao menos podíamos ver o que estava nos perseguindo, pelo menos eu não podia ver. O Doutor, mesmo fugindo de maneira atrapalhada segurando a máquina, não conseguia olhar pelo espelho e correr ao mesmo tempo, eu podia ouvir bem os rugidos brutais que nos seguiam e a maneira como as coisas caiam com a aproximação da criatura.
— Me ajude — o Doutor pediu, jogando o que pudesse no caminho para que atrasasse o que tanto nos perseguia. Peguei uma pequena tenda que estava ao lado empurrando com todas as minhas forças para que caísse no chão e voltei a correr agora seguindo o senhor do tempo.—Aqui, rápido — agarrou minha mão puxando-me junto a parede.
Aos poucos o barulho foi cessando indicando que a criatura havia ido, por um momento pude respirar aliviada, mas só então notei a posição que eu estava. Eu estava em frente ao Doutor, uma de suas mãos repousava em minha cintura de maneira firme e a outra ainda segurava sua máquina, seu rosto estava atento a qualquer movimento e eu, bem, só pude me focar nele, os cabelos bagunçados pela corrida, a respiração irregular e os lábios entreabertos.
Estupidamente lindo.
Pelos Deuses, eu só queria beijar esse homem.
Meu coração ganhou um novo ritmo e não foi apenas pela corrida, o Doutor então se virou novamente para mim e pude observar melhor seu rosto, as diversas pintinhas que enfeitavam suas bochechas e olhos profundamente verdes.
Essa era definitivamente minha cor favorita.
— O que foi? — perguntou confuso.
Não respondi, meus olhos ainda focados nos seus, meu olhar então desceu para seus lábios e não pude deixar de morder os meus em resposta a tudo que estava sentindo naquele momento. Levei minhas mãos trêmulas aos seus cabelos tentando tirar algumas mechas rebeldes da frente do seu rosto e agora era ele que se mantinha focado em mim, seus olhos seguindo cada movimento que eu fazia, meus pelos se arrepiaram sobre seu olhar tão intenso.
