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Eu nunca soube de verdade o que é perder, e me dei conta disso da pior forma possível.
Rory se foi, e eu não consegui dizer a ele que ele era especial, não consegui me desculpar pelas vezes que roubei no jogo de cartas e não pude dizer a ele que ele era a minha família assim como Amy, não pude fazer nada. Foi aí que percebi que eu nunca perdi nada, não verdadeiramente, porque achei que teríamos tempo, e sobre pensar que sempre haverá um amanhã mesmo sabendo não tem.
Isso estava me quebrando lentamente, mas com toda certeza o pior era olhar a ruiva e vê-la sorrir, a sensação de embrulhava meu estômago.
Eu deveria ficar feliz por ela ou triste?
Pensei que esquecer era bom, afinal não tenho memórias e isso nunca me incomodou realmente, mas vendo Amélia viver e sorrir como se seu noivo não tivesse morrido me faz pensar que talvez eu viva em uma ilusão também.
Quem eu queria enganar, eu estava sendo hipócrita porque eu também queria esquecer. Queria não olhar para os olhos do Doutor e ver que lá, no fundo, mesmo que ele tentasse encobrir a dor de ter visto ele partir e de decepcionar Amy.
Naquele dia eu tinha algo a contar o Doutor, algo que estava me incomodando há um tempo, mas que resolvi deixar de lado, meus pesadelos se tornavam mais reais e poderia afirmar com toda certeza que eram lembranças.
Ela irá matar o Doutor.
Me arrepiei com a memória, essa havia sido minha última lembrança e a pior até o momento, a mesma voz daquela mulher que tanto me desestabiliza, mas porque eu iria matar o Doutor? Eu tinha muitas perguntas e poucas respostas, sem contar que agora eu tinha terríveis dores de cabeça. Pensei que a solução ideal era deixá-los e seguir meu próprio caminho, mas como poderia deixá-los agora.
— Você está bem?
Me assustei com a voz de Amy e me virei para a ruiva parada na porta do meu quarto. Tentei meu melhor sorriso e a respondi:
— Sim, estou bem.
— Não parece— falou desconfiada, e eu realmente não estava bem, mas eu tinha que ser forte por ela e pelo Doutor.— O Doutor está chamando vamos a um museu — fez careta. — Aparentemente ele é viciado em um museu, coisa de nerd.
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A garota que nunca existiu
FanfictieVocê aceitaria viajar com um louco em uma caixa? Encontrada pelo Doutor, um alienígena e Amélia, sua companheira de viagens, Astéria uma garota um pouco confusa e perdida sobre seu passado, decide embarcar junto a eles em suas aventuras pelo tempo...