A Princesa Coroada

Vinte e dois: A verdade

      Lilian...

    Meus sonhos estavam estranhos ultimamente, costumava sonhar com florestas negras, sombras, uma garotinha perdida e uma sombra com um anel de rubi vinha em sua direção e depois eu acordava. Mas depois do baile no palácio tenho tido sonhos bons...

   Tinha sonhado com um lindo jardim e a mesma garotinha correndo atrás de uma borboleta, ela andava até bem longe e sua mãe a gritava...

   — Filha, já falei para não se afastar e nem andar por esse lado do bosque. — uma mulher de cabelos ruivos se aproximou da garotinha.

   — Eu estava seguindo as borboletas, olha que lindas asas azuis ela tem. —a garotinha contemplava admirada sua beleza.

   — Nem tudo por ser belo é seguro, minha florzinha. —falou a mulher tocando nos cachinhos rubros da garota.

   — Então por que é belo? —virou a cabecinha confusa.

   — Às vezes para atrair pessoas boas, como você. Por isso não se engane, nem com o que é belo. —a garotinha concordou com a cabeça e saiu do bosque de mãos dadas com a mãe.

    Depois, um garoto de olhos castanhos, um pouco mais velho, corria atrás dela no quintal de sua casa. Eles se divertiam enquanto comiam deliciosos biscoitos amanteigados. 

   Tudo ficava escuro novamente e flashs da floresta sombria apareceram novamente... 

   — Lia!! —o chamado de Anne dispersou meus pensamentos.

   — Por que corres tanto, iras cair desse jeito. —disse ao perceber a empolgação da garotinha.

   — Recebi uma carta do palácio, Alyssa nos convidou para dormimos no palácio. 

   — Quando?

   — Hoje a noite, ela disse que mandaria uma carruagem nos buscar. —olhei para seus olhinhos suplicantes. — Vamos Lia, por favor...

   — Tudo bem, tudo bem. —desisti, pois sabia que ela não iria aceitar um não como resposta.

   Alyssa...

   Acordei pela manhã com a noticia de que meu pai desejava me ver. Não me lembrava de ter feito nada de errado, já que eu e Dylan estávamos nos dando bem e eu nunca mais tinha ameaçado fugir. Coloquei uma roupa simples e fui encontra-lo em seu escritório, chegando lá, me deparei com Nicholas e meu pai conversando.

   — É verdade isso? —meu pai perguntava, porém não houve resposta de Nicholas.

   — O que está acontecendo aqui? —perguntei entrando na sala para a surpresa de Nicholas.

   — É verdade que vocês dois estão se encontrando durante a noite? —papai perguntou.

   — O que quer dizer com isso? —perguntei cruzando os braços. 

   — Sabes que está noiva de Dylan, se os criados a verem se encontrando com outro homem durante a noite vão pensar que estas tendo um caso. —ele continuou.

   — Como assim um caso? Não estava me sentindo bem e sair para tomar um ar fresco. Ni... O soldado Johnson apenas me ajudou por perceber que não estava bem. Não é mesmo soldado? —virei-me para ele. 

   — Sim, Alteza. Perdoe-me pela confusão majestade. —Nicholas encarava meu pai enquanto ele falava comigo, provavelmente ainda tinha raiva dele.