Capítulo 29 - Solitária

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Letizia

Ouvi um barulho ao longe. Demorei alguns segundos para reconhecer o alarme no meu celular.

Protocolo de segurança.

Tirei o braço de Giuliano de cima de mim, pulando da cama.

Telefonei para Bóris:

- Que foi?

- Letizia, precisamos da sua ajuda.

Ele estava nervoso. Não precisei muito para adivinhar:

- Sergei?

- Tivemos problemas com o grupo asiático, em nosso território.

- Como?

- Uma emboscada.

Prendi a respiração. Sentei na cama:

- Capturaram ele em Moscou?

- Na fronteira. Há um dia.

- Estou indo.

Entrei no chuveiro correndo, saí me enxugando e com o celular nas mãos, enviei mensagens para que Ivan deixasse nossos homens a postos. Já estava pronta quando Giuliano levantou da cama, sonolento:

- Vai sair?

- Sergei foi capturado.

Ficou em pé, rapidamente.

- Vou com você, espere um minuto.

Segurei seus braços:

- De jeito nenhum. Caso algo aconteça comigo, você segue no meu lugar até Lucca assumir.

Ele me olhou, preocupado:

- Fico em um hotel, se necessário.

Segurei seu rosto e o beijei:

- Não. Sabe muito bem que o melhor a fazer é ficar protegido. Não posso perder tempo, Giuliano.

Desci as escadas correndo.

Durante o voo, analisei o roteiro que Sergei percorreu e no qual foi visto pela última vez. Tracei alguns planos, fiz cálculos, escolhi as melhores armas.

Estava ansiosa.

Assim que cheguei, Ivan e Bóris já me aguardavam na entrada da minha casa, me seguindo até o escritório. As últimas notícias eram de que estava vivo, mas o grupo reivindicava parte dos seus negócios, assim como a divisão da organização.

Vesti meu colete, coloquei luvas e os coldres, enquanto observava as imagens dos monitores.

Fiquei irritada:

- Nem que eu tenha que começar uma guerra, esses desgraçados não vão por as mãos no que é nosso. Alguma ideia de onde ele possa estar?

Bóris respondeu:

- Destruíram o rastreador no caminho para Tuva.

Suspirei:

- Temos imagens aéreas?

- Nossa equipe montou uma base local, vou passar para a tela o que conseguiram com os drones.

- Detectaram alguma movimentação na entrada da Mongólia?

- Nada.

Olhei as imagens. Aquela região era inóspita, e estava coberta de neve. Para transportar nossos homens precisaríamos de aviões de carga e isso só seria possível com a ajuda dos mercenários.

O que significava pagar uma quantia considerável. Teríamos que ficar acampados por lá até ter algum sinal do local do cativeiro.

Olhei para Bóris:

A senhora das armas (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora