Letizia
Ouvi um barulho ao longe. Demorei alguns segundos para reconhecer o alarme no meu celular.
Protocolo de segurança.
Tirei o braço de Giuliano de cima de mim, pulando da cama.
Telefonei para Bóris:
- Que foi?
- Letizia, precisamos da sua ajuda.
Ele estava nervoso. Não precisei muito para adivinhar:
- Sergei?
- Tivemos problemas com o grupo asiático, em nosso território.
- Como?
- Uma emboscada.
Prendi a respiração. Sentei na cama:
- Capturaram ele em Moscou?
- Na fronteira. Há um dia.
- Estou indo.
Entrei no chuveiro correndo, saí me enxugando e com o celular nas mãos, enviei mensagens para que Ivan deixasse nossos homens a postos. Já estava pronta quando Giuliano levantou da cama, sonolento:
- Vai sair?
- Sergei foi capturado.
Ficou em pé, rapidamente.
- Vou com você, espere um minuto.
Segurei seus braços:
- De jeito nenhum. Caso algo aconteça comigo, você segue no meu lugar até Lucca assumir.
Ele me olhou, preocupado:
- Fico em um hotel, se necessário.
Segurei seu rosto e o beijei:
- Não. Sabe muito bem que o melhor a fazer é ficar protegido. Não posso perder tempo, Giuliano.
Desci as escadas correndo.
Durante o voo, analisei o roteiro que Sergei percorreu e no qual foi visto pela última vez. Tracei alguns planos, fiz cálculos, escolhi as melhores armas.
Estava ansiosa.
Assim que cheguei, Ivan e Bóris já me aguardavam na entrada da minha casa, me seguindo até o escritório. As últimas notícias eram de que estava vivo, mas o grupo reivindicava parte dos seus negócios, assim como a divisão da organização.
Vesti meu colete, coloquei luvas e os coldres, enquanto observava as imagens dos monitores.
Fiquei irritada:
- Nem que eu tenha que começar uma guerra, esses desgraçados não vão por as mãos no que é nosso. Alguma ideia de onde ele possa estar?
Bóris respondeu:
- Destruíram o rastreador no caminho para Tuva.
Suspirei:
- Temos imagens aéreas?
- Nossa equipe montou uma base local, vou passar para a tela o que conseguiram com os drones.
- Detectaram alguma movimentação na entrada da Mongólia?
- Nada.
Olhei as imagens. Aquela região era inóspita, e estava coberta de neve. Para transportar nossos homens precisaríamos de aviões de carga e isso só seria possível com a ajuda dos mercenários.
O que significava pagar uma quantia considerável. Teríamos que ficar acampados por lá até ter algum sinal do local do cativeiro.
Olhei para Bóris:
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A senhora das armas (livro 2)
Action"Estava olhando de forma fixa para a janela do outro lado da sala, com os braços cruzados, quando ouvi uma voz, bem perto de mim, junto com um cheiro amadeirado, fresco: - Desculpe o atraso. Me virei. Sergei. Era um homem bonito apesar da idade, ve...