Capítulo 40 - Fraqueza

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Letizia

Yula apareceu na sala de reunião:

- Tizia, o Sr. Alexei chegou, vou recebê-lo na entrada.

Ri, ao vê-la se referir a ele de modo formal:

- Certo. Ah, peça por favor para servirem o café da manhã para Giuliano no quarto, ele deve acordar daqui a pouco.

Em poucos minutos a porta se abriu.

Alexei entrou, vestindo calça jeans, suéter de lã preto e jaqueta de couro. O típico "bad boy".

Yula parecia incomodada e sentou-se ao meu lado, de frente para ele, que por sua vez sorriu para ela, tirando um papel do bolso, olhando em seguida para mim:

- Aqui está o preço do serviço. Inclui o rastreamento, planejamento de ataque e contratação de um segundo time.

Olhei o valor: 15 milhões. Nem pestanejei:

- Fechado. Vou depositar 40% agora e 60% na finalização. Além disso, vou entregar os fuzis automáticos que prometi, como recompensa. Já pode utilizá-los nessa missão. A munição é por minha conta.

- É sempre um prazer fazer negócio com você. Acredito que na pior das hipóteses, em uma semana tudo estará resolvido. Já temos a localização de Matteo Salermo. Se puder nos fornecer alguns explosivos, agradeço.

- Tenho uns novos, com detonador programável. Vou incluir no pacote das armas. A garota, Olga, deve ser levada para Sergei, ele já está sabendo.

- Certo. Eu posso aguardar a sua assistente entrar em contato comigo, para outros detalhes?

Yula estava com os olhos no tablet, digitando de forma acelerada, diferente do que normalmente fazia.

- Não.

Pedi que ela se retirasse por um momento.

Assim que saiu, olhei para ele:

- Yula não faz parte do pacote.

Ele levantou as mãos para cima, e riu:

- Uma pena, já estava disposto a me tornar um bom rapaz.

Balancei a cabeça, era um cafajeste mesmo:

- Você é um ótimo mercenário, mas uma péssima companhia. Me mantenha informada da operação.

Aguardei que ele saísse para chamar Yula de volta:

- Fique tranquila, Alexei não vai te incomodar mais.

Ela soltou um suspiro de alívio:

- Ainda bem que percebeu, Tizia. Acredita que quando fui recepcioná-lo teve a coragem de me convidar para jantar?

- Ele ainda foi um pouco mais decente, normalmente costuma ser direto e marcar em algum quarto de hotel.

Seu rosto ficou vermelho.

Continuou:

- Nikolai esta lá fora.

- Peça que entre. Enquanto isso, prepare a transferência para a conta e envie as informações que foram solicitadas.

Batidas na porta.

Giuliano entrou, carregando um prato com pães e uma xícara de café:

- Sei que está em jejum.

Parecia cansado, estava com uma calça de moletom e camiseta. Gostava de vê-lo assim, mais despojado.

Sorri, beijando seu rosto e mordendo um pedaço do pão doce:

A senhora das armas (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora