Capítulo 32 - Amor

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Giuliano

Chegamos em Nova York a tempo para o jantar de Natal. Manoela e Domenico moravam em uma penthouse, de dois andares.

O local estava decorado de forma apropriada para a data. Mathew tentava montar um quebra-cabeça, Manoela segurava Lucca no colo. Depois de tanto tempo, um clima totalmente familiar.

Enquanto bebia meu whisky tranquilamente em uma poltrona, observava Letizia conversar com Katerina e depois colocar os presentes embaixo da árvore de Natal. Veio até mim, levantei para que se sentasse no meu lugar, mas ela preferiu o meu colo, sentando na minha perna, como sempre.

Eu a vigiava de perto, pois sabia que ainda lutava contra as suas inseguranças em relação à mim.

E eu não estava disposto a perder.

Passou as mãos pelos meus cabelos:

- Lucca vai ficar com eles, por três meses.

- É bom, para que se acostume com eles– concordei.

Vi que tentava disfarçar algo.

Coloquei minha mão na sua coxa:

- Ainda preocupada com meu pai?

- Eu entendo que as pessoas próximas à você não confiem em mim. Eu fiz muita coisa errada.

- Eu também fiz coisas com você que não quero lembrar, Tizia. Estamos quites.

Sorriu, beijando meu rosto.

Logo a distribuição de presentes começou. Letizia veio um pouco acanhada, me entregar um pacote.

Era uma vektor personalizada, como a dela, com meu nome gravado. Fiquei surpreso, era uma arma potente, como eu sempre quis. Demorei um pouco para agradecer, o que fez com que ficasse chateada, mas logo demonstrei que tinha gostado.

Então, deixei que visse a minha tatuagem, seu apelido escrito no meu pulso. Pulou no meu colo, me beijando:

- Esse foi o melhor presente que já recebi!

Ao notar que estávamos em uma posição um tanto embaraçosa na frente de todos, se sentou rapidamente, arrumando o vestido e ouvindo Domenico dizer que a ideia havia sido dele, o que amenizou a situação, provocando risadas.

Chegou perto do meu ouvido, dizendo que ia fazer uma tatuagem também, com meu nome. O que me deixou alegre, uma prova de confiança.

O jantar seguiu sem intercorrências.

Letizia estava cansada, havia feito duas viagens seguidas, da Rússia para Itália e agora para os Estados Unidos. Depois que a sobremesa havia sido servida, foi para o quarto de hóspedes, dormir.

Resolvi pegar um café, que ainda estava na mesa principal.

Sentei em uma ponta do sofá. O lugar estava silencioso, a maioria já tinha se retirado para descansar. Ouvi os passos de Manoela, que se sentou ao meu lado, com um copo de água nas mãos:

- Nem conseguimos conversar direito hoje, Giu.

- Sim, foi agitado – respondi sorrindo.

Era uma mulher muito bonita e forte. Fui apaixonado por ela há muitos anos atrás, mas com o passar do tempo e da vida, nos tornamos grandes amigos.

Ela piscou os olhos verde - escuros:

- O padrinho me contou que você o obrigou a se mudar para a casa de verão.

- Continuava perturbando Tizia, não pude permitir. Não veio conosco por causa disso.

Se ajeitou no assento:

A senhora das armas (livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora