Capítulo 16. -Perdidos.

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Talvez, eu estivesse sendo castigada pelo destino por ter armado um contrato de casamento com alguém que infelizmente não me ama. Afinal, essa é a única explicação plausível para tudo estar dando errado na minha vida ultimamente.

E não. Não estou exagerando.

As coisas começaram a desandar a partir do momento que William descobriu que eu o havia enganado para que assinasse o contrato de casamento comigo. O seu olhar repleto de ressentimento ainda me persegue.

Assim como suas palavras duras.

'' Está bem, vamos fazer as coisas do seu jeito. Mas se está esperando um conto de fadas, pode esquecer. Seremos tão estranhos como fomos nos últimos anos e esse será o último ano que saberá de mim.''

Aquelas palavras me doeram tanto que assim que ele saiu da sala, eu me deixei desabar em lágrimas pelos próximos minutos e até horas, eu diria, sendo amparada por meu irmão, que para a sorte da minha vergonha, não disse nada e apenas me aconchegou em seus braços.

E assim, embora tivéssemos assinado um contrato que tinha como cumprimento nosso casamento, William não parecia disposto a ter qualquer contato comigo.

Mas não o culpei por estar ressentido.

Afinal, enganá-lo para que assinasse algo que o obriga a casar comigo, embora por amor, não foi certo.

Com isso, aceitei que ele precisava e merecia um tempo para assimilar a situação.

Mas já estava perdendo as esperanças de que ele iria cumprir sua parte.

Foi quando recebi uma mensagem dele dizendo que havia terminado seu noivado com Karina e que eu já podia anunciar nosso ''relacionamento '' para nossas famílias. Sugerindo até que começássemos com um'' namoro.''

Sua atitude me deu esperança de que talvez, sua atitude em relação ao nosso contrato mudaria.

Mas ao ouvir suas palavras na escada, vi que não era assim.

Mas, sendo totalmente contraditório, durante o jantar, ele respondeu muito bem ao '' teste '' do meu pai e até chegamos a se entrosar como quando éramos amigos.

Mas, então, após o jantar, tudo voltou a mesma frieza de antes. Ele não faz questão de me ligar, mandar mensagens e muito menos me visitar.

Isso é doloroso. Tenho tido que passar os dias arrumando desculpas para a ausência dele para o meu padrasto que parece cada vez mais desconfiado.

Por fim, na tentativa de uma aproximação e para que parem de desconfiar, eu chamei William para que me acompanhasse em uma consulta de rotina e agora estamos a caminho do consultório de Aline, minha médica.

Mas, considerando o silêncio e a indiferença de William ao meu lado, começo a me arrepender da sua companhia.

Aliás, não só dela.

Estou ansioso.

Isso porque, no momento estou no carro com Julie, a caminho de uma consulta de rotina.

A vida realmente deve estar me pregando uma peça. Quando ainda éramos apenas amigos virtuais e passava a conhecer ainda parcialmente suas dificuldades, mais eu relutava em entrar de cabeça em seu dia a dia.

E, ainda que tenha passado a visitá-la pessoalmente, minhas visitas se resumiam a apenas nós dois sozinhos em sua casa, tirando os empregados. Nada de atividades fora de sua casa e muito menos, envolvendo pessoas fora daquele circulo.

Agora, graças ao contrato que armou, Julie mudou todos os meus planos de me manter distante o suficiente para permanecer na paz e na normalidade da minha rotina e sentimentos. 

A prova disso é essa consulta médica, onde pela primeira vez, vou ser obrigado a mergulhar em sua realidade.

Com isso, sinto que esse convite é uma espécie de teste.

Acordo dos meus pensamentos com o carro parando. O motorista de Julie saí do carro, dá a volta nele e abre uma das portas.

_ Você vai precisar de ajuda para sair do carro? –Pergunto quebrando o silêncio presente desde de que entrei no veículo.

_ Não, obrigado. Edson pode me ajudar, não é, Edson?

_ Sim, senhorita.

De repente, a ideia de assistir Julie sendo possivelmente carregada por outra pessoa, mesmo que seja seu motorista com idade para ser seu pai, não me agrada nenhum pouco.

Então antes que seu funcionário pudesse pegá-las nos braços, eu mesmo me inclino em sua direção e faço isso.

E assim, já com ela no colo, me dou conta que mesmo a conhecendo a anos e já tendo ido visitá-la várias vezes, eu nunca havia pegado ela nos braços.

Mas o problema é exatamente esse. Não deveria ser tão bom.

Assustado com as minhas próprias sensações, finalmente saio do carro e a sento em sua cadeira.

Porra! O que está acontecendo comigo?

Spin Off De Contratado Para Amar. -Contrato De Amor.Onde histórias criam vida. Descubra agora