E se Julie soubesse da existência do contrato de William e Fernando?
Mas do que isso, e se a forma de pagamento do empréstimo de William, isso é o casamento entre ela e Will fosse orquestrada por ela e não por seu irmão?
O que alguém é capaz de faze...
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A grande novidade dessa semana é que o joelho de Julie voltou a dobrar. Inclusive, Valentina está voltando a acostumá-la apoiar o pé no chão. O único detalhe ruim disso é a dor e o desconforto que tem sentido em sua planta do pé, resultado da mudança de sensibilidade pelo tempo que não pisou no chão.
Mas Val deixou claro que isso é normal e me instruiu a massagear suas plantas dos pés diariamente, porque, isso diminuiria seu desconforto e por sorte, realmente, tem dado um resultado efetivo.
_ Anjo... Anjo... –Saio dos meus pensamentos com a voz doce de Julie me chamando.
Nesse momento, estamos acomodados em nossa cama, assistindo um filme qualquer, enquanto ela está com a cabeça acomodada em meu ombro.
Quando desperto para a realidade, ela está com o rosto em direção do meu e me olha ansiosa.
_ Oi meu anjo. O que foi? –Pergunto sorrindo.
_ Você parecia longe. Onde estava seu pensamento?
_ Em nada em especial. Por quê? Precisa de algo?
Ela imediatamente cora e a olho intrigado.
_ Ei! O que foi?
_ É que gostaria de te pedir algo. –Fala acanhada.
Seu comportamento me deixa imediatamente curioso.
_ Ah, é? –Incentivo sorrindo. _ E o que seria?
_ Não sei como dizer sem me sentir sem jeito. –Começa ainda mais corada se isso é possível. _ Mas não consigo e nem quero pedir ou imaginar outra pessoa fazendo isso por mim além de você. –Sua longa explicação aumenta minha curiosidade. _Droga! Isso nem deveria ser tão difícil de te pedir já que somos casados e já até ficamos intimamente juntos.
_ Julie. –Chamo sua atenção suavemente e ela volta a olhar para mim. _ Apenas me peça, anjo.
_ Hum... – Retoma o assunto ainda envergonhada. _Como você sabe, agora que retirei o gesso e estou dobrando o joelho novamente, além de colocando os pés no chão, ainda que não tenha retomado a marcha no andador, porque, não fui liberada, eu posso voltar a tomar um banho de chuveiro, se assim quiser, não é?
Sim. Eu sei disso. Também sei que ela odeia os banhos acamados que está tomando até agora. Isso porque, segundo ela, eles não são banhos de verdade e sim, panos úmidos passados em seu corpo, jogadas de canecas de água e lavagem de cabelos em uma bacia. E é exatamente por odiá-los que eu não entendo por que não quis um banho de chuveiro até o momento.
_ Sim, eu sei disso. –Respondo sua pergunta ainda confuso.
_ Então. –Ela continua. _ Eu finalmente decidi tomar esse primeiro banho de chuveiro depois de tanto tempo engessada.
